O governos dos Estados Unidos está interessado em investir na extração de minerais críticos no Brasil, de acordo com o subsecretário de Estado para Assuntos Econômicos, Energia e Meio Ambiente dos , José W. Fernandez. Fernandez afirmou que o Brasil pode se tornar uma potência, já que o mundo está em busca desses minerais.
Os minerais críticos, como lítio, magnésio, cobre, níquel, entre outros, são fundamentais para o desenvolvimento de uma economia de baixo carbono. No entanto, a sua oferta é um desafio para a transição econômica e energética verde. Isso não apenas devido à demanda crescente, mas também pelos desafios geopolíticos, como a dependência da China, por exemplo, que processa quase 90% das terras raras e 60% do lítio, um elemento-chave para as baterias.
Metais críticos na mira
Por esse motivo, em 2022, o governo norte-americano formou uma aliança com a Comissão Europeia e outros 11 países, incluindo Canadá, Austrália, Finlândia, Alemanha, França, Japão, Coreia do Sul, Suécia, Reino Unido, Noruega e Itália. O grupo visa atuar na cadeia desses minerais. O objetivo é oferecer investimento na exploração desses minérios e reduzir a dependência mundial da China.
Conforme disse Fernandez, os membros dessa parceria estão interessados na possibilidade de investir no Brasil. Além disso, já fizeram negociações entre os países da aliança e alguns países africanos. O subsecretário destacou que é importante seguir padrões ambientais, sociais e de governança nos países em que a extração será realizada.
Extração de metais críticos
O Brasil é o maior produtor mundial de nióbio e já possui exploração de alguns dos principais minerais críticos, como cromo, níquel, manganês e cobre. Mas também tem jazidas de todos os 50 minerais críticos no mundo, incluindo lítio, de acordo com o Anuário Mineral Brasileiro.
Fernandez afirmou que o país pode se tornar um importante fornecedor desses minerais e que estão sendo analisados 15 projetos de extração e processamento de minerais críticos no momento.
A Agência Internacional de Energia calcula que a demanda por minerais críticos irá dobrar até 2040, evidenciando a necessidade de investimentos nessa área. O governo brasileiro e a aliança liderada pelos Estados Unidos parecem estar alinhados nesse sentido, buscando incentivar a extração de minerais críticos de forma sustentável e reduzir a dependência mundial da China.