A CSN Mineração, subsidiária da siderúrgica brasileira CSN, planeja investir robustos R$ 15,3 bilhões (US$ 3,13 bilhões) entre 2024 e 2028, um aumento em relação aos R$ 13,8 bilhões inicialmente previstos. Com foco em ampliar sua presença no setor de mineração, a empresa busca atingir a marca de 43,5 milhões de toneladas (Mt) de minério de ferro em 2024 e almeja alcançar 68Mt em 2028, superando as projeções de 42,5Mt para este ano.
O presidente da CSN, Benjamin Steinbruch, destacou durante uma apresentação a investidores que o segmento de mineração está em um caminho mais positivo e seguro em comparação com a siderurgia, que enfrentou desafios ao longo deste ano. Ele enfatizou o crescimento contínuo da produção, a seleção criteriosa de projetos e a busca por maior rentabilidade.
O principal projeto de mineração da CSN é o Itabirito P15, também conhecido como Casa de Pedra, em Minas Gerais. Inicialmente programado para começar as operações no primeiro trimestre de 2027 com capacidade de 15Mt por ano, o início foi adiado para o quarto trimestre de 2025 devido a um processo de contratação mais rigoroso. A conclusão das aquisições de engenharia detalhada, equipamentos e estruturas está prevista para 2025.
Enquanto isso, a unidade siderúrgica da CSN alocará R$ 7,9 bilhões em gastos de capital para o período de 2024 a 2028. Steinbruch ressaltou que a empresa está investindo tanto em termos quantitativos quanto qualitativos na siderurgia, visando aumentar a capacidade produtiva e renovar equipamentos para atender às normas ambientais.
No contexto das dificuldades enfrentadas pela indústria siderúrgica brasileira devido à inundação do mercado pelo aço barato chinês, Steinbruch chamou a atenção para a necessidade de ação governamental. Além disso, a CSN destinará até R$ 5 bilhões em sua divisão de cimento como parte de seus planos estratégicos de investimento.