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por Fernando Moreira de Souza
O presidente do Instituto Brasileiro de Mineração (Ibram), Raul Jungmann, recebeu nesta segunda-feira (20) o título de Doutor Honoris Causa do Instituto Brasileiro de Ensino, Desenvolvimento e Pesquisa (IDP), em Brasília. A honraria foi concedida em reconhecimento à sua trajetória pública que, ao longo de mais de quatro décadas de atuação, teve papel central em temas como defesa, segurança, reforma agrária e, mais recentemente, mineração sustentável.
A cerimônia reuniu algumas das principais autoridades do país. Estiveram presentes os ministros do Supremo Tribunal Federal Gilmar Mendes, Flávio Dino e Dias Toffoli; o procurador-geral da República, Paulo Gonet; o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira; e o ministro da Defesa, José Múcio Monteiro. A homenagem também contou com a presença de acadêmicos, empresários e representantes da sociedade civil.
O ministro Flávio Dino destacou o caráter conciliador e humanista de Jungmann:
“Raul sempre é essa pessoa amável, educada, gentil, acolhedora e humanista. Acima de tudo, humanista. Estou aqui com esse espírito de gratidão a ti por servir a Pernambuco, ao Brasil e à causa do humanismo”, declarou Dino.

Já o ministro Dias Toffoli ressaltou a capacidade intelectual e o amplo conhecimento de Jungmann sobre a realidade brasileira:
“Só quem convive com ele para ter a dimensão da pessoa extraordinária que ele é”, disse Toffoli.
O ministro da Defesa, José Múcio Monteiro, relembrou os tempos de convivência com Jungmann na faculdade, no Recife, e no Congresso Nacional, destacando sua coragem, integridade e capacidade de diálogo:
“Sempre teve coragem de enfrentar e dizer o que pensava. Esse foi o seu estilo. Raul sempre defendeu quem pensava diferente, para que todos tivessem o direito de opinar. É isso que o Brasil precisa: respeitar os contrários, dar espaço ao contraditório e buscar convergências.”
O ministro Gilmar Mendes também elogiou a trajetória de Jungmann, enfatizando sua atuação em defesa dos pilares da democracia:
“Em tempos de incerteza institucional, Jungmann foi voz contra interpretações enviesadas do papel das Forças Armadas. Que sua história inspire as novas gerações a perseverar na luta pela democracia”, afirmou Mendes.
Em seu discurso, Jungmann falou sobre a necessidade de fortalecer a democracia no país e destacou o papel da mineração na transição energética e no desenvolvimento sustentável do Brasil:
“A mineração precisa estar alinhada com os valores do século XXI: transparência, inclusão, governança e compromisso ambiental”, declarou.
A homenagem a Jungmann ocorre em um momento de destaque do setor mineral na agenda nacional, com foco crescente na rastreabilidade, responsabilidade socioambiental e atração de investimentos para a nova economia verde.
Jungmann, que tem 73 anos, foi ministro da Defesa e da Segurança Pública durante o governo de Michel Temer (MDB) e comandou o Ministério do Desenvolvimento Agrário no governo de Fernando Henrique Cardoso (PSDB). Também foi deputado federal por Pernambuco e vereador do Recife. Desde 2021, lidera o Ibram, entidade que reúne as maiores empresas do setor mineral no Brasil.
Segundo o IDP, o título de Doutor Honoris Causa é concedido a personalidades que tenham contribuído de maneira relevante para o país e para o desenvolvimento institucional. A escolha de Jungmann, segundo a instituição, reflete seu “comprometimento com o Estado democrático de direito, a gestão pública eficiente e o diálogo entre diferentes setores da sociedade”.