A Axel REE constatou concentrações recordes de óxidos totais de terras-raras (TREO) e óxidos magnéticos de terras-raras (MREO) na área do projeto Caladão, no Vale do Lítio, em Minas Gerais. Os resultados alcançados na primeira fase do programa de perfuração de 2,6 mil metros confirmam o potencial de classe mundial do depósito.
Nas análises, a companhia australiana identificou teores de até 28.321 partes por milhão (ppm) de TREO e até 7.606 ppm de MREO. Os números revelam uma mineralização de alto grau e em todas as direções do terreno de cerca de 30 quilômetros quadrados (km²) perfurados até o momento, o que representa menos de 10% da área total do distrito.
Em comunicado, o diretor-executivo da Axel, Fernando Tallarico, afirma que os resultados estão superando as expectativas da empresa e são relativamente altos para um projeto de elementos de terras-raras hospedado em argila. Segundo ele, desde o primeiro furo de trado em 2023, a mineradora tem consistentemente encontrado grandes teores de minério.
“Essas análises recordes representam um marco significativo para a companhia e reforçam o enorme potencial do projeto”, diz. “A continuidade da mineralização de alta concentração em profundidades rasas e ao longo do eixo destaca a escalabilidade desse depósito, e estamos confiantes de que mais perfurações continuarão a demonstrar isso”, reitera.
Empresa tem quatro projetos para desenvolver no Brasil
A Axel REE é uma empresa de exploração de minerais críticos que tem como foco a exploração de terras-raras. A companhia tem um portfólio de quatro projetos para explorar no Brasil, distribuídos em Minas Gerais, Mato Grosso e Piauí, que abrangem 1,1 mil km².
Além do Caladão, que se trata de arrendamento de 400 km² no Vale do Lítio, o outro projeto mineiro é o Caldas, com licenças que cobrem uma área de 232 km² na região Sul do Estado, próxima ao Complexo Alcalino de Poços de Caldas, uma importante área enriquecida de elementos de terras-raras, além de outros minerais.
Quanto aos outros dois projetos da companhia no País, o do Mato Grosso, chamado Itiquira, é um arrendamento de 340 km², considerado uma oportunidade promissora, devido à localização sobre uma anomalia magnética e a semelhança geológica com complexos que hospedam terras-raras. Já quanto ao do Piauí, o site da empresa não fornece mais detalhes.
Axel REE fez IPO em julho para financiar projetos de terras-raras
Em julho deste ano, a Axel realizou uma oferta pública inicial (da sigla IPO, em inglês), para financiar o desenvolvimento dos projetos de elementos de terras-raras no Brasil. A abertura de capital da empresa foi realizada na bolsa de valores da Austrália (ASX).
A mineradora australiana busca explorar e desenvolver os projetos de terras-raras e outros minerais críticos no Brasil, essenciais para o avanço de tecnologia moderna e transição para uma economia global mais sustentável.
A estratégia da Axel REE inclui extensos planos de exploração para concretizar plenamente o potencial dos seus projetos atuais e buscar novas oportunidades no País.
Fonte: Diário do Comércio