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por Fernando Moreira de Souza
O Serviço Geológico do Brasil (SGB) realizou, na tarde desta quarta-feira (26), no auditório do Ministério de Minas e Energia (MME), o evento Avanços para o Futuro da Geologia Brasileira. Foram apresentadas iniciativas para o desenvolvimento mineral e geocientífico do país. Também foi realizada a assinatura da Ata de Registro de Preço do processo licitatório para a retomada dos aerolevantamentos geofísicos e os lançamentos oficiais do PlanGeo e do Programa de Exploração Profunda de Geofísica – DEEP Brasil.
“Hoje é um dia muito importante para o Serviço Geológico Brasileiro. Estamos criando todas as condições para que o investidor obtenha sucesso em seus empreendimentos e em suas áreas de pesquisa no país.” — disse o diretor do SGB, Francisco Valdir Silveira.

A Assessora da Diretoria de Geologia e Recursos Minerais do SGB, Lúcia Travassos da Rosa Costa, palestrou para uma plateia formada por autoridades do governo, profissionais do setor minerário, acadêmicos e investidores, destacando a importância do mapeamento geológico do país.
“Tivemos aqui, hoje, a oportunidade de divulgar para um público bastante qualificado dois mecanismos de planejamento para o Serviço Geológico do Brasil, demonstrando as áreas mais estratégicas para se trabalhar nos próximos anos. Um dado mais apurado e de melhor resolução pode entregar um produto com maior qualidade para ser aplicado ao setor mineral.” — explicou Lúcia Travassos.
O Chefe da Divisão de Sensoriamento Remoto e Geofísica do SGB, Iago Costa, também palestrou sobre os avanços e tecnologias que vão colaborar com o setor mineral nas próximas décadas e a importância do Programa de Exploração Geofísica Profunda do Brasil.
“É um marco muito importante para o setor mineral, para o governo e para as universidades, que aumentará em muito nossa eficácia, inclusive no processo de transição energética.” — disse Iago Costa.
A expansão do mapeamento geológico no Brasil é vista como uma estratégia crucial para atrair investimentos e fortalecer a pesquisa mineral. Estudos geológicos, geofísicos e geoquímicos desempenham um papel essencial na redução dos riscos da exploração e na identificação de novos depósitos minerais. Além disso, o conhecimento geológico é fundamental para a gestão de recursos hídricos, o planejamento territorial e o avanço das pesquisas acadêmicas em Geociências.
Estratégias e prioridades do PlanGeo 2025-2034
O Plano de Mapeamento Geológico (PlanGeo) para o período de 2025 a 2034 estabelece como prioridade o uso das escalas 1:250.000 e 1:100.000 no mapeamento sistemático. A primeira é destinada a áreas com menor conhecimento geológico, enquanto a segunda é considerada a referência mínima para avaliação do potencial mineral e embasamento de estudos de favorabilidade.
Entre as diretrizes do plano estão:
Manutenção das escalas 1:250.000 e 1:100.000 como referências principais, com possibilidade de mapeamentos mais detalhados (1:50.000 e 1:25.000), conforme a necessidade.
Ampliação da cartografia na escala 1:100.000 em províncias minerais, distritos mineiros e regiões com alto potencial para novas descobertas.
Expansão do mapeamento na escala 1:250.000 em áreas pouco exploradas, especialmente no interior da Amazônia e em bacias sedimentares fanerozoicas.
Seleção de áreas prioritárias com base no interesse geológico, sem restrições rígidas quanto à localização.
Exclusão de regiões de acesso restrito, como Terras Indígenas e Unidades de Conservação de Proteção Integral, do processo de hierarquização.
Execução e projeções para a próxima década
O PlanGeo 2025-2034, elaborado a partir de uma consulta pública, prevê o mapeamento de 73 blocos, sendo 66 na escala 1:100.000 e sete na escala 1:250.000. Atualmente, 20 desses blocos já estão em execução e terão continuidade em 2025.
Para os próximos dez anos, foram projetados três cenários para a expansão da cartografia geológica. Essas projeções consideram o aumento gradual da capacidade operacional do Serviço Geológico do Brasil e a ampliação do orçamento destinado à iniciativa. A implementação do plano busca não apenas ampliar o conhecimento geológico do território nacional, mas também estimular o desenvolvimento econômico e científico do setor mineral.
ACESSE AQUI O PLANGEO 2025 – 2034




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