O setor mineral teve faturamento de R$ 270,8 bilhões em 2024, o que significa aumento de 9,1% em comparação a 2023, anunciou o Instituto Brasileiro de Mineração (Ibram). Minério de ferro respondeu por 59,4% desse faturamento, com R$ 160,7 bilhões. O setor projeta investimentos de US$ 68,4 bilhões até 2029.
De acordo com levantamento do Ibram divulgado nesta quarta (5/2), Minas Gerais teve maior participação no faturamento com 40%, seguido por Pará, com 36,1%, e São Paulo, com 3,8%. A retomada da produção de ouro em Minas Gerais e o aumento da produção de minério de ferro foram essenciais para o estado se manter na liderança, com R$ 108,3 bilhões, crescimento de 4,5%. Pará registrou faturamento de R$ 97,6 bilhões, alta de 14,4%. São Paulo R$ 10,3 bilhões, 12,9% de alta.
Entre as substâncias minerais, o minério de ferro apresentou 8,6% de elevação no faturamento. O cobre teve 25,2%, seguido por granito (17,9%) e ouro (13,3%). O setor arrecadou em 2024, R$ 93,4 bilhões em Tributos. O recolhimento de CFEM (royalty) totalizou R$ 7,5 bilhões.

O presidente do Ibram, Raul Jungman, disse que o setor precisa de uma política para criar mecanismos de incentivo e destravar projetos importantes de minerais voltados para transição energética. “Temos demanda e reservas. Nós temos todas as condições. Mas precisamos de crédito e fomento”, destacou Jungman.
O Ibram, acredita que a depender das próximas medidas tomadas pelo governo Trump, o Brasil pode se beneficiar, porque é um fornecedor confiável de minerais críticos para os EUA.
Segundo o Ibram, a mineração respondeu por 47% da balança comercial em 2024, mesmo sendo importante para manter o equilíbrio das exportações, o setor enfrenta mais uma taxação prevista na Reforma Tributária, com o imposto seletivo sobre as exportações de minerais.
Jungmann, disse que há uma expectativa que as lideranças do Congresso Nacional reavaliem essa medida, podendo derrubar o veto, do presidente Lula e tirar o setor do imposto seletivo.