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Por Ricardo Lima
A barragem de Xingu, localizada na Mina Alegria, em Mariana, na Região Central de Minas Gerais, entrou oficialmente em processo de descaracterização nesta segunda-feira (23). A estrutura, que armazena 6,1 milhões de metros cúbicos de rejeitos de mineração, tem previsão de ser totalmente desmanchada até 2034, segundo informou a Vale, responsável pela unidade. Informações divulgadas pelo Estado de Minas.
O volume da barragem de Xingu corresponde a aproximadamente metade da capacidade da barragem da Mina Córrego do Feijão, em Brumadinho, que se rompeu em 2019, deixando 270 vítimas fatais.
Etapas da obra e geração de empregos
Durante a primeira fase dos trabalhos, estão previstas intervenções como drenagem superficial, instalação de instrumentos adicionais para monitoramento e execução de obras de controle ambiental. Essas ações são consideradas essenciais para garantir a segurança durante o processo de descaracterização.
De acordo com a Vale, as atividades irão gerar 180 empregos diretos, com prioridade para a contratação de trabalhadores da própria comunidade local.
Enquanto a descaracterização não é concluída, a barragem permanece sob monitoramento contínuo, operando com inspeções regulares e acompanhamento em tempo real, realizado tanto pela instrumentação instalada no local quanto pelo Centro de Monitoramento Geotécnico (CMG) da companhia.
A mineradora também informou que, além da barragem de Xingu, pretende descaracterizar outras 12 estruturas semelhantes. Até o momento, 17 obras desse tipo já foram finalizadas, o que representa 57% do total previsto no plano de descaracterização.