Uma das maiores joalherias do mundo, a Pandora, pretende suspender o uso de metais preciosos recém-extraídos e usar apenas ouro e prata reciclados. A medida faz parte da nova política da empresa que passa a vigorar em 2025.
De acordo com a empresa com sede em Copenhague, o objetivo da ação é melhorar suas credenciais climáticas e se tornar mais atraente para investidores com foco em ativos ESG (governança ambiental, social e corporativa).
O diretor-executivo da empresa, Alexander Lacik, garantiu que o uso de metais reciclados não vai interferir na qualidade das joias produzidas.
“Os metais extraídos séculos atrás são tão bons quanto os novos”, disse ele em um comunicado. “A necessidade de práticas de negócio sustentáveis se torna cada vez mais importante”, completou.
De acordo com a Pandora, o uso de metais preciosos reciclados reduzirá as emissões de carbono em dois terços, no caso da prata, e em mais de 99% no caso do ouro. Além disso, haverá uma grande redução no uso da água como resultado de menos mineração, segundo a empresa.
A empresa de jóias informou ainda que usa, hoje, 71% de ouro e prata reciclados na produção. A título de comparação, a nível global, cerca de 15% da prata vem de fontes recicladas.
Por fim, a Pandora comunicou que trabalhará em parceria com fornecedores a fim de garantir o acesso à “prata reciclada de origem responsável, certificada de acordo com os principais padrões de iniciativas da cadeia de suprimentos, como o Responsible Jewellery Council”.
A empresa também disse que planeja “se envolver com as principais partes interessadas da cadeia de suprimentos para explorar oportunidades e aumentar a disponibilidade de prata reciclada e melhorar os padrões de produção”.
Nesta quarta-feira (08), a Pandora divulgou resultados do quarto trimestre melhores do que o esperado, com recorde de vendas anuais, levando suas ações a subir mais de 8%, segundo a Reuters.