As empresas do setor de petróleo e gás estão projetando quedas nos lucros do quarto trimestre de 2023, revelou um relatório do Barclays, devido aos preços mais baixos do petróleo, margens de refino em declínio e custos sazonalmente elevados.
No cenário europeu, as ações da Shell registraram uma abertura em firme alta, encerrando o dia com uma variação positiva de 0,06% na Bolsa de Londres. Da mesma forma, a BP fechou em alta de 0,32%, enquanto as ADRs da Petrobras, após um início positivo, inverteram para uma queda de 0,72% em Nova York.
Essas variações nas cotações refletem diretamente nos preços do barril de petróleo Brent, que, após uma manhã com alta de 1%, apresentou uma queda de 0,70% à tarde, sendo negociado a US$ 77,76.
Os analistas do Barclays preveem que as perdas serão parcialmente amenizadas pelo aumento nos preços do gás natural no mercado internacional. Eles indicam uma queda de 8% nos lucros do setor em comparação com o terceiro trimestre, mas destacam a possibilidade de os pagamentos de dividendos continuarem ao longo do ano.
Os preços do petróleo e do gás têm experimentado uma tendência de queda desde o final de outubro, refletindo preocupações sobre a oferta e a demanda, apesar da considerável incerteza geopolítica, conforme afirmam os analistas ouvidos pela Dow Jones Newswires.
Por outro lado, analistas do Jefferies observam que, mesmo com o barril do petróleo próximo dos US$ 80 e os preços do gás natural e as margens de refino ainda acima das médias históricas, há a possibilidade de uma continuação da tendência de forte geração de caixa em 2024. O banco de investimentos ajustou suas recomendações para algumas ações do setor, indicando que produtores europeus, como Var Energi, International Petroleum, Aker BP, Kosmos Energy, Energean e Harbour Energy, têm potencial para aumentar a produção e prosperar em 2024, mantendo-as com recomendação de compra. Capricorn Energy, Pharos Energy e EnQuest também foram mantidas em compra.
Os analistas destacam que a variável-chave para o desempenho das ações no setor é o crescimento da produção visível e sem riscos.
Fonte: Valor Econômico