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por Fernando Moreira de Souza
A falta de infraestrutura logística tem sido apontada como um dos principais entraves ao desenvolvimento da mineração em Mato Grosso. A avaliação foi feita por Jocy Miranda, representante da Agência Nacional de Mineração (ANM) no estado, durante reunião do Grupo de Trabalho (GT) criado para debater políticas públicas para o setor. O encontro foi conduzido pela vice-presidente do GT, Thaís Costa, e integra uma iniciativa do deputado estadual Max Russi, presidente da Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT).
Miranda enfatizou a necessidade de normatização e aprimoramento das políticas públicas para atrair investimentos e fomentar avanços. Ele também destacou que o estado ocupa a terceira posição no ranking nacional de produção de ouro, com uma média anual de 18 a 20 toneladas, ficando atrás apenas do Pará e de Minas Gerais.
Impacto da Falta de Infraestrutura no Setor
Atualmente, a extração de minérios como ferro e manganês enfrenta dificuldades devido à inviabilidade do transporte por caminhões, dado o grande volume desses produtos. A ausência de um polo industrial para o beneficiamento de rochas ornamentais também representa um obstáculo. “A logística é o principal desafio. Mesmo possuindo jazidas de minério de ferro e manganês, a falta de alternativas de transporte inviabiliza a exploração em larga escala”, afirmou Miranda.
A suplente de deputada estadual e analista ambiental da Secretaria de Meio Ambiente (Sema), Sheila Klener, ressaltou a relevância da participação popular nas discussões e enfatizou o potencial de crescimento do setor. “Mato Grosso é o sexto maior produtor mineral do país e pode subir nesse ranking se houver condições adequadas”, pontuou.
Perspectivas e Qualificação Profissional
A formação de profissionais também foi um tema abordado na reunião. O presidente do Centro Acadêmico de Engenharia de Minas da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), Maikon Cardoso, destacou a importância dos engenheiros de minas para todas as etapas da cadeia produtiva mineral, desde a prospecção até a regulação.
Atualmente, Mato Grosso possui produção de calcário, ouro e diamante, além de estudos para viabilizar a exploração de zinco em Aripuanã e cobre na região norte do estado. O setor aguarda a implementação de medidas que possam impulsionar o aproveitamento dessas riquezas minerais.