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Por Ricardo Lima.
Uma cratera vulcânica extinta em Poços de Caldas (MG) vem atraindo forte interesse de mineradoras e investidores por conter depósitos de terras raras. Nos últimos dois anos, a Agência Nacional de Mineração (ANM) recebeu mais de 100 pedidos de pesquisa para a região e seu entorno — o equivalente a cerca de um terço das autorizações concedidas para todo o estado no período.
A área, de aproximadamente 800 km², abrange municípios mineiros como Andradas e Caldas, além de Águas da Prata (SP). Estima-se que a jazida possa suprir parte da demanda global por terras raras, um grupo de 17 minerais estratégicos para tecnologias como veículos elétricos, turbinas eólicas e equipamentos eletrônicos. A proximidade da superfície e a ocorrência em argila facilitam a extração.
De acordo com o Portal Meio News, o anúncio de investimentos de empresas australianas estimulou a “corrida” por autorizações. Parte dos pedidos é feita por empresas que buscam realizar sondagens iniciais para depois negociar os direitos minerais. Novas áreas com potencial para terras raras também foram identificadas em cidades próximas, como Turvolândia (MG).
O interesse estrangeiro cresce em meio a disputas geopolíticas pelo controle da cadeia de suprimento desses minerais, envolvendo principalmente China e Estados Unidos. No fim de julho, o governo americano manifestou interesse em fechar acordos com o Brasil para garantir acesso às reservas.
Segundo reportagem publicada pelo G1, a cratera de Poços de Caldas poderia abastecer até 20% da demanda mundial de terras raras.