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Por Ricardo Lima
A Agência Nacional de Mineração (ANM) alcançou a digitalização de 80% dos processos ativos sob sua responsabilidade. O número representa uma virada na gestão mineral brasileira, que abandona o modelo analógico herdado do antigo DNPM e avança para uma regulação baseada em dados acessíveis e integrados.
Com a mudança, a expectativa é de que o tempo médio de tramitação seja reduzido para mais da metade, a exemplo do que ocorreu em serviços federais digitalizados pelo portal Gov.br, onde o tempo de atendimento ao cidadão caiu até 70% em áreas como emissão de documentos e autenticação digital. Além de ampliar a transparência e abrir caminho para soluções de inteligência artificial.
Fim da era do papel
A digitalização dos processos administrativos e regulatórios da ANM marca uma transformação estrutural na forma como o Estado gerencia a atividade mineradora. A conversão de registros físicos em arquivos digitais permite maior agilidade na análise técnica e na tomada de decisão. Segundo o diretor-geral da ANM, Mauro Sousa:
“Estamos diante de uma mudança estrutural. A digitalização reduz burocracias históricas e cria um ambiente em que nossos técnicos podem analisar informações com rapidez e precisão.”
Mauro Sousa – ANM
Integração nacional e futuro tecnológico
O avanço é resultado de uma política contínua de governança documental, envolvendo equipes técnicas e administrativas em todas as unidades regionais. A meta agora é alcançar 100% de digitalização, o que permitirá a integração de bases regulatórias e o uso de inteligência artificial para automação de fluxos.
Para Júlio Cesar Rodrigues, superintendente de Planejamento e Estratégia: “Estamos mais próximos de integrar nossos fluxos de trabalho em escala nacional e dar suporte tecnológico às políticas de mineração do país.”
A digitalização também amplia o acesso público às informações regulatórias, fortalecendo a transparência e a confiabilidade da gestão mineral