Luís Maurício Azevedo, presidente do Conselho Deliberativo da ABPM, destacou na abertura da Brasmin, que a história de Goiás passa pelos bandeirantes e diversas de suas cidades históricas têm sua fundação diretamente associada ao ciclo do ouro. “Goiás é o quarto estado em produção mineral. Trata-se de uma potência em franco desenvolvimento. São mais de R$ 176 milhões arrecadados de CFEM em 2022, um crescimento de 5,77% em relação ao ano anterior. Para cada R$ 1 recolhido a título de CFEM, estima-se que outros R$ 5 são recolhidos em impostos federais e estaduais,” citou.
Para Azevedo, Goiás possui uma produção mineral diversificada, incluindo Cobre, Níquel, Calcário, Fosfato, Ouro, Nióbio, além de agregados para a construção civil, rochas ornamentais e outras substâncias que contribuem diretamente para o desenvolvimento socioeconômico do Estado. “São mais de 400 empresas do setor mineral, responsáveis por mais de 8 mil empregos diretos e centenas de milhares de empregos indiretos e induzidos pela atividade mineral”.
Azevedo lembrou ainda que a mineração em Goiás atrai a atenção de novos investidores. Isso se mostra tanto nos processos de disponibilidade de áreas, onde o estado foi responsável por cerca de 20% do valor arrecadado nos leilões. Entre 2023 e 2027 estão previstos US$ 993 milhões em novos investimentos no setor mineral de Goiás. “A mineração faz parte da história, do presente e do futuro de Goiás. Por isso realizamos o Encontro Nacional das Médias e Pequena Mineração e a Brasmin aqui em Goiânia”.
Sandro Mabel, presidente da FIEG, destacou que o estado se sente honrado em receber pela segunda vez a Brasmin. “São eventos como esse que ajudam a dar visibilidade e mostrar a importância da atividade para o Brasil. E Goiás é um estado que quer ser cada vez mais minerador”, disse Mabel.
O Deputado Federal Zé Silva, presidente da Frente Parlamentar da Mineração Sustentável, agradeceu o convite da ABPM para participar da Brasmin. O parlamentar citou que o objetivo da criação da Frente Parlamentar é “ separar o joio do trigo e mostrar que é possível ter uma atividade sustentável”.
Uma das prioridades da frente parlamentar, segundo Zé Silva, é a estruturação da ANM, para equipar a agência de condições para cumprir sua missão. O deputado também criticou a burocracia, que de acordo com ele dificulta o licenciamento ambiental para empreendimentos de mineração. Outro ponto citado foi a necessidade de aumentar o conhecimento geológico do país.
Joel Santana, secretário de Indústria e Comércio do estado falou sobre a atuação da secretaria para desenvolver a mineração no estado, citando o plano de mineração estadual. “Esse plano é importante para o futuro dos goianos e Goiás está aberto a investimentos”, disse.
Vitor Saback, secretário de Geologia, Mineração e Transformação Mineral do Ministério de Minas e Energia falou das ações do governo federal para o setor. “Nosso objetivo é um só! Melhorar o ambiente de negócios do setor mineral do país. “Há possibilidade real de dobrarmos os investimentos no setor nos próximos anos.”
Segundo Saback, para alcançar esse objetivo é preciso oferecer mais áreas para pesquisa mineral e dar velocidade nesse processo. “Mais áreas em menos tempo”.
A ABPM realiza a feira em parceria com o Sindicato das Indústrias Extrativas de Goiás e do Distrito Federal (SIEEG-DF), a Federação das Indústrias do Estado de Goiás (FIEG), a Proma Feira e a Brasil Mineral, contando com o apoio da Agência para o Desenvolvimento e Inovação do Setor Mineral Brasileiro (ADIMB) e do Ministério de Minas e Energia.