A Vale deu início, na quinta-feira (16), ao processo de descaracterização da barragem a montante do Dique 2 do Sistema Pontal. A estrutura está localizada em Itabira, Região Metropolitana de Belo Horizonte (MG).
De acordo com a Vale, o objetivo é concluir a obra até o final deste ano. A barragem em questão não recebe rejeitos de mineração desde 2019. Além disso, é a 13ª estrutura deste tipo desativada pela Vale nos últimos quatro anos. Das 13 barragens desativadas, seis estavam localizadas no mesmo município.
A desativação da barragem é uma das medidas adotadas pela Vale em seu Programa de Descaracterização de barragens a montante. Neste método de construção, os degraus são feitos com resíduos adensados sobre o dique inicial. Esse modelo de barragem é o mais barato e o menos seguro, e foi o método das barragens que se romperam em Mariana e Brumadinho.
Vale descaracteriza barragem em MG
O programa de descaracterização das barragens faz parte dos Termos de Compromisso firmados pela Vale com o Ministério Público Estadual e Federal, a Fundação Estadual do Meio Ambiente (FEAM) e o Estado de Minas Gerais. Conforme informou a Vale, até o momento, a mineradora já investiu R$ 5,8 bilhões no programa. O objetivo maior da ação é mudar a gestão de barragens da empresa.
Para reduzir os impactos ambientais, a Vale construiu uma Estrutura de Contenção a Jusante, utilizando tecnologia que reduz a vibração, poeira e ruído. As barragens que ainda serão desativadas estão sendo monitoradas permanentemente pela Vale. Além disso, contam com supervisão dos órgãos públicos.
Com a desativação das barragens a montante, a Vale busca melhorar a segurança de suas operações e reduzir os riscos de acidentes como os ocorridos em Mariana e Brumadinho, que deixaram um grande impacto ambiental e humano. A empresa se comprometeu a investir em tecnologias mais seguras e aprimorar suas práticas de gestão ambiental para garantir a sustentabilidade de suas operações.