A mineradora Vale S.A. firmou um acordo com o grupo Global Infrastructure Partners (GIP) para a criação de uma joint-venture na Aliança Geração de Energia S.A. (Aliança Energia), empresa privada que atua no setor energético brasileiro. Como parte da transação, a Vale receberá aproximadamente US$ 1 bilhão e manterá 30% de participação na joint-venture, enquanto o GIP controlará os 70% restantes.
A iniciativa permitirá à Vale garantir custos de energia competitivos, com preços atrelados ao dólar americano sem ajustes inflacionários. A matriz elétrica da empresa no Brasil continuará 100% baseada em fontes renováveis, reforçando o compromisso da mineradora com a sustentabilidade.
Expansão de ativos e potencial energético
Com a conclusão do acordo, a Aliança Energia consolidará diversos ativos estratégicos em Minas Gerais e no Nordeste brasileiro. O parque solar Sol do Cerrado, o Consórcio Candonga (Usina Hidrelétrica Risoleta Neves) e seis outras hidrelétricas mineiras, além de três parques eólicos no Rio Grande do Norte e Ceará, farão parte da plataforma. Ao todo, esses ativos somam 2.189 MW em capacidade instalada e 1.003 MW médios de garantia física.
“Estamos entusiasmados em formar esta parceria estratégica com a GIP, permitindo-nos acelerar o plano de descarbonização da Vale de uma forma mais eficiente em termos de capital. Esta plataforma recém-formada nos fornecerá soluções renováveis competitivas à medida que entregamos um futuro com uma pegada de carbono menor”, disse Gustavo Pimenta, CEO da Vale.
A operação ainda depende da aprovação de órgãos regulatórios competentes e do cumprimento de condições precedentes habituais. A Vale continuará informando o mercado sobre eventuais desdobramentos relevantes.
Sobre o GIP
O Global Infrastructure Partners é um dos maiores gestores globais de infraestrutura, com um portfólio avaliado em aproximadamente US$ 170 bilhões. A empresa mantém parcerias estratégicas no setor energético em diversas regiões, incluindo o Brasil, onde controla uma plataforma de geração de 983 MW na Bahia, Ceará e Minas Gerais, através do grupo Atlas Renewable Energy. Desde 2024, o GIP é controlado pela BlackRock, um dos maiores investidores institucionais do mundo, e segue rigorosos princípios ESG (Governança Ambiental, Social e Corporativa).