A Vale está buscando depósitos de cobre no Peru para atender à crescente demanda pelo metal, usado em baterias de carros elétricos e outras aplicações. De acordo com reportagem da Bloomberg, a empresa brasileira de mineração tem pelo menos dois projetos em fase inicial de sondagem em andamento no país, depois de abandonar um terceiro na região rica em cobre do sul peruano.
Os dois projetos greenfield de cobre exigem um investimento combinado de US$ 7 milhões, de acordo com o portfólio de exploração mineral do Ministério de Minas e Energia do Peru.
Esse movimento ocorre enquanto a Vale está prestes a separar seus ativos de metais básicos para liberar valor dos negócios de níquel e cobre. Isso porque a demanda pelos metais de bateria está crescendo. Outros grandes players do mercado, como BHP Group, Rio Tinto Group e Glencore, também se tornaram otimistas em relação ao cobre. As companhias esperam um aumento no consumo à medida que a economia global se descarboniza.
Vale foca em cobre
Os dois projetos da Vale, Umami e Chaska, estão em fase inicial de levantamento. Enquanto isso, o terceiro, conhecido como Projeto S, foi abandonado em 2022 depois que uma pesquisa indicou que a área não tinha o potencial esperado.
A Vale detém concessões de cobre em 17 dos 24 estados do Peru, de acordo com a agência estatal peruana Ingemmet, que regula os direitos de mineração. A empresa adquiriu até 1.200 direitos de mineração separados, com metade dos ativos totalizando 450.000 hectares (1,1 milhão de acres), o que equivale a cerca de três vezes o tamanho da cidade de São Paulo.
Com essa iniciativa, a Vale está apostando no futuro do cobre como um elemento essencial na transição para uma economia mais limpa e sustentável. A demanda por metais de bateria, incluindo cobre, está em ascensão à medida que mais países se comprometem a atingir emissões líquidas zero de gases do efeito estufa.