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Por Ricardo Lima
O Serviço Geológico do Brasil (SGB) e o Centro de Tecnologia Mineral (CETEM) formalizaram, em agosto, um Acordo de Cooperação Técnica (ACT) para desenvolver estudos sobre minerais críticos e estratégicos. O objetivo é ampliar esforços em pesquisa e inovação para incentivar o fortalecimento da cadeia produtiva do setor mineral, considerado fundamental para a transição energética e a soberania do Brasil.
Segundo o diretor-presidente do SGB, Inácio Melo, a iniciativa reforça a posição estratégica do país. “Vamos unir as experiências de duas instituições científicas que são referência nos estudos sobre minerais para avançar na agenda dos minerais críticos e estratégicos, colocando o Brasil em posição de destaque no cenário internacional”, afirmou.
A diretora do CETEM, Silvia França, também destacou a relevância da parceria.
“A parceria entre o CETEM e o SGB tem o objetivo de potencializar o desenvolvimento tecnológico em temas estratégicos para o fortalecimento do setor mineral brasileiro”
Silvia França – Diretora do CETEM
Três planos de trabalho
O ACT terá validade de quatro anos e prevê três frentes principais. A primeira é a elaboração de um documento técnico sobre a oferta e demanda de minerais críticos e estratégicos, que será apresentado durante a Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas de 2025 (COP 30), em Belém (PA).
O segundo plano contempla ações de caracterização tecnológica de minerais voltados à transição energética, incluindo análises de minérios e rochas de depósitos estudados pelo SGB e a realização de ensaios tecnológicos para definir rotas de aproveitamento de materiais.
Já o terceiro plano prevê o desenvolvimento de tecnologias para reduzir o consumo e ampliar o reuso de água na mineração, medida considerada essencial para aumentar a sustentabilidade das operações.
De acordo com o diretor de Geologia e Recursos Minerais do SGB, as iniciativas devem estruturar toda a cadeia produtiva. “As atividades previstas são essenciais para estruturar toda a cadeia produtiva, desde a identificação de oferta e demanda até análises detalhadas que gerem dados robustos e confiáveis”, destacou. Ele acrescentou que os resultados irão orientar políticas públicas, estimular investimentos estratégicos e apoiar rotas tecnológicas para o aproveitamento de recursos minerais de forma mais sustentável. O acordo não envolve a transferência de recursos financeiros.