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Por Ricardo Lima
O Serviço Geológico do Brasil (SGB) apresentou, na sexta-feira (29), o Mapa Geológico da Região Norte. A publicação reúne informações sobre unidades estratigráficas, compartimentos geológicos e principais recursos minerais em uma área que representa cerca de 45% do território nacional, incluindo grande parte da Amazônia.
O documento traz ainda um encarte técnico com classificações de formações geológicas por eras e períodos, oferecendo um panorama da história da região ao longo de bilhões de anos.
Potencial mineral da Amazônia
O geólogo Marcos Quadros, pesquisador em geociências do SGB e um dos autores do mapa, destaca a natureza das rochas e o potencial mineral.
“A região Norte tem um núcleo cratônico composto por rochas arqueanas e paleoproterozoicas, conhecido como Província Mineral de Carajás, no Pará, que se destaca no cenário econômico mundial por conter importantes depósitos minerais de ferro, cobre, ouro, manganês, níquel e estanho”
Marcos Quadros – pesquisador e autor do mapa
Segundo ele, também se destaca a Província Tapajós-Uatumã, que abrange parte dos estados do Pará e do Amazonas, com ocorrências significativas de ouro.
Quadros aponta ainda a presença de rochas ígneas e vulcano-sedimentares que hospedam depósitos de ouro, cobre, chumbo e zinco no Mato Grosso, além de ocorrências de cobre e ouro no Amapá. Ele ressalta que “a região é destaque também pelos depósitos de estanho (cassiterita) associados a granitóides nos estados de Rondônia, Amazonas e Pará, bem como pela ocorrência de diamante em Rondônia e Roraima. Além disso, a Amazônia brasileira tem grande potencial para pesquisa e exploração de minerais críticos e terras raras, elementos essenciais para a transição energética”.
O mapa foi disponibilizado em escala 1:2.500.000, nos formatos PDF e JPEG, estruturado em Sistema de Informações Geográficas (SIG). A iniciativa integra a Ação Geologia para Mineração e Desenvolvimento Sustentável, dentro do Programa Mineração Segura e Sustentável do SGB.