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Por Ricardo Lima
De acordo com matéria publicada pelo Jornal do Comércio, a gestão de resíduos será o principal ponto de atenção dos investidores do setor de mineração e metais nos próximos 12 meses, de acordo com levantamento global da consultoria EY. O estudo “10 principais riscos e oportunidades para empresas de mineração e metais em 2025” aponta que 56% dos executivos ouvidos acreditam que esse será o tema mais relevante no radar dos investidores.
Além dos resíduos, foram destacados aspectos como a eficiência no uso de recursos e circularidade (34%), preservação da biodiversidade (34%) e impacto sobre comunidades locais e povos originários (25%). Todas essas ações estão relacionadas ao componente ambiental do ESG, que tem se tornado determinante para o acesso a capital e para a reputação das empresas do setor.
Estudo revela confiança parcial nos compromissos sustentáveis
A pesquisa da EY ouviu líderes de organizações com receita superior a US$ 1 bilhão. Entre os entrevistados, 35% ocupam cargos de alta direção, como presidentes ou vice-presidentes; 17% atuam em conselhos ou no C-Level; e 48% lideram departamentos ou unidades de negócios. O estudo revela que, embora os compromissos sustentáveis sejam mantidos em boa parte das empresas, eles ainda enfrentam obstáculos.
Apesar da recente volatilidade do mercado, apenas 40% dos entrevistados afirmam que suas empresas estão revendo ou postergando metas ambientais. Ainda assim, 57% demonstram confiança no cumprimento dos objetivos relacionados à redução de emissões de escopo 1. Por outro lado, os índices caem quando se trata de metas mais amplas: apenas 28% acreditam que suas organizações conseguirão atingir a neutralidade de carbono no prazo previsto.
Estratégias de circularidade ganham espaço
Segundo Afonso Sartorio, líder de Energia e Recursos Naturais da EY, as pressões por maior responsabilidade ambiental têm impulsionado mudanças concretas.
“Os rejeitos, por exemplo, estão sendo aproveitados por meio de uma estratégia de circularidade. Paralelamente, há utilização de menos água no processo produtivo, além da adoção de combustíveis mais limpos”, afirmou.
O levantamento mostra ainda que 75% dos executivos concordam que o envolvimento em práticas de economia circular oferece uma vantagem competitiva. Por outro lado, apenas 37% dizem que o foco em ESG tem desviado a atenção das metas de produtividade.