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Especial Exposibram
Por Ricardo Lima
A Assembleia Legislativa da Bahia concedeu, nesta quinta-feira (30), o título de Cidadão Baiano ao ex-ministro da Segurança Pública e atual presidente do Instituto Brasileiro de Mineração (IBRAM), Raul Jungmann, em sessão especial conduzida pela presidente da Casa, deputada Ivana Bastos. A honraria também marcou a entrega da Comenda 2 de Julho ao presidente da Companhia Baiana de Produção Mineral (CBPM), Henrique Santana Carballal.
A cerimônia, realizada no plenário do Palácio Luís Eduardo Magalhães, destacou a contribuição dos homenageados para o desenvolvimento do país e reforçou a relevância da agenda mineral na Bahia, que nesta semana recebe a Exposibram 2025, um dos maiores eventos de mineração da América Latina.
Ao receber o título de Cidadão Baiano, Raul Jungmann não conteve a emoção. Em discurso, exaltou a cultura e a identidade do estado. “É uma alegria porque a Bahia é a gente, a Bahia é um sentimento”, afirmou. “Quem nasce no Brasil, nasce baiano. Tal é a contribuição nas artes, na cultura, na ciência. Em tudo que a gente tem da Bahia é inevitável que um brasileiro, ao nascer e ao tomar conhecimento de si e da sociedade, ele se dê conta que ele é baiano”.
O presidente do IBRAM afirmou viver uma “felicidade enorme” com o reconhecimento e relembrou suas raízes familiares. “Eu estou, na verdade, flutuando com isso. E, de certa forma, fazendo um link com meu avô. Meu avô era baiano, Paulo Belenche, nasceu aqui em Salvador, na Bahia. E eu estou retomando isso e, olha, é difícil até dizer a sensação, mas é de uma alegria enorme”.
Jungmann encerrou agradecendo ao povo baiano com uma saudação emocionada: “Vocês não fazem ideia de como eu me sinto honrado, feliz, contente de poder dizer: meus irmãos da Bahia, cheguei”.
A sessão atendeu proposições dos deputados Júnior Muniz e Roberto Carlos. Já a Comenda 2 de Julho entregue a Henrique Santana Carballal reforçou o papel estratégico da CBPM para o desenvolvimento socioeconômico da Bahia no setor mineral.
Segurança pública
À luz da recente megaoperação policial ocorrida no Rio de Janeiro no dia 28, Jungmann aproveitou para refletir sobre a arquitetura institucional da segurança pública no país. Ao comentar o papel da União, ele ressaltou que a Constituição historicamente não atribuiu responsabilidade direta ao governo federal no setor. “São sete Constituições”, disse. “Em nenhuma delas — preste atenção — o governo central teve atribuições na Segurança Pública.”
Segundo ele, a atuação federal ocorre apenas de forma excepcional, como no acionamento das Forças Armadas ou em operações conjuntas, mas a responsabilidade permanece concentrada em estados e municípios.
O ex-ministro reforçou a necessidade de mudanças estruturais e defendeu a PEC 18, apelidada de “PEC do SUS da Segurança”, como mecanismo para permitir uma ação integrada entre os entes federativos.
Ele também lembrou que, durante o governo Temer, foi criado o Sistema Único de Segurança Pública (SUSP), que considerou um primeiro passo rumo à coordenação nacional. A proposta, afirmou, busca dar à União um papel mais claro e permanente na gestão de crises e no apoio às redes estaduais de segurança.












