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Por Ricardo Lima
O Serviço Geológico do Brasil (SGB) apresentou o relatório final do Plano Decenal de Pesquisa de Recursos Minerais – PlanGeo 2026–2035, que orientará os investimentos do país em prospecção mineral nos próximos dez anos. O plano prevê ações em 145 áreas, com ênfase em minerais críticos e estratégicos como terras raras, lítio, cobre, níquel, manganês, grafita, estanho, ouro, fosfato e potássio, pela relevância desses recursos para a transição energética, a segurança alimentar e a industrialização.
Segundo o SGB, a escolha das áreas priorizadas levou em conta consulta pública, que resultou em ajustes de projetos, inclusão de novas propostas e maior alinhamento às demandas sociais e produtivas.
Participação social e soberania mineral
O diretor-presidente do SGB, Inácio Melo, ressaltou que o plano é estratégico para fortalecer o papel do Brasil no cenário global. “O PlanGeo, alinhado às diretrizes do MME, é um plano estratégico que ampliará o conhecimento sobre o potencial mineral do Brasil”. Melo complementou que:
“Em um cenário global competitivo, fortalecer a capacidade de identificar e avaliar minerais estratégicos é uma necessidade para garantir soberania, atrair investimentos e inserir o país de forma mais robusta nas cadeias globais de valor”
Inácio Melo – Presidente do SGB
A chefe do Departamento de Recursos Minerais, Maisa Abram, avaliou a consulta pública como essencial para a construção do plano. “A participação social fortaleceu o planejamento e nos ajudou a construir uma carteira de projetos mais realista e conectada com as expectativas da população e dos setores produtivos”, disse Abram, lembrando que a interação contribuiu para reclassificar projetos e ampliar a viabilidade dentro da atual estrutura do SGB.
A pesquisadora responsável pela análise técnica explicou como os ajustes permitiram melhor aproveitamento da estrutura existente. “Projetos que antes demandavam ampliação significativa de equipe e orçamento foram reclassificados como viáveis dentro da estrutura atual, o que reforça a capacidade de execução do SGB”, afirmou ao comentar o impacto das mudanças.
Inclusão de novas propostas
Com base nas contribuições recebidas, a versão final do PlanGeo incorporou cinco novas propostas relacionadas a áreas e substâncias minerais. Para Abram, esse resultado expressa o caráter coletivo da iniciativa. “A carteira final reflete um esforço conjunto entre o SGB, a sociedade e o governo para que a pesquisa mineral brasileira avance com foco em inovação, segurança estratégica e desenvolvimento sustentável”, concluiu.