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por Fernando Moreira de Souza
De acordo com matéria publicada pela InfoMoney, o preço do ouro atingiu um novo recorde nesta quarta-feira (19), impulsionado pelo aumento da demanda por ativos considerados seguros. O contrato para abril encerrou o pregão com uma leve alta de 0,01%, cotado a US$ 3.041,2 por onça-troy na Comex, a divisão de metais da New York Mercantile Exchange.
O movimento ocorre em um cenário de incertezas globais, intensificado por compras contínuas do metal pelos bancos centrais e tensões geopolíticas. O mercado também acompanha atentamente a decisão do Federal Reserve (Fed) sobre a política monetária, que pode influenciar a direção dos investimentos.
Os recentes conflitos no Oriente Médio reforçaram a procura pelo ouro como ativo de proteção. Analistas da ANZ Research destacam que os ataques israelenses a alvos do Hamas em Gaza, que puseram fim a um cessar-fogo de dois meses, aumentaram a incerteza quanto à estabilidade da região.
Nos Estados Unidos, indicadores econômicos demonstram uma crescente preocupação dos consumidores com as novas tarifas comerciais do governo Trump. De acordo com Stephanie Chan, da Insight Investment, o índice de incerteza da política econômica atingiu o maior patamar desde a pandemia de 2020, reflexo das novas barreiras tarifárias contra parceiros comerciais como Canadá, México, Europa e China.
Mesmo diante da valorização do dólar, o ouro manteve sua trajetória de ganhos. Investidores estão agora voltados para a reunião do Federal Reserve, que pode definir novos rumos para os juros nos EUA. “Taxas mais baixas costumam beneficiar o ouro, que não oferece rendimento”, explica Emengarde Jabir, da Moodys. A expectativa é que uma eventual flexibilização monetária reforce ainda mais a atratividade do metal.