Alexandre Silveira articulou com Aloizio Mercadante fundo para destravar projetos que podem colocar o país na liderança das cadeias globais de minerais essenciais energias limpas. Fundo será anunciado durante evento no Canadá que reúne empresas de mineração e investidores.
Alexandre Silveira, ministro de Minas e Energia quer fortalecer a mineração brasileira voltada para minerais de transição energética e segurança alimentar. Ele articulou com o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) a criação de um fundo, que tem perspectiva de iniciar com R$ 1 bilhão, conforme apurou o Minera Brasil, para destravar projetos em mineração com potencial para diversificar a produção e inserir o país definitivamente nas cadeias globais de minerais estratégicos para energias limpas e descarbonização.
A articulação entre o MME e o BNDES para criação do fundo teve início em outubro do ano passado, quando Alexandre Silveira e Aloizio Mercadante, se encontraram em Paris, na França, onde dividiram um painel sobre transição energética, reuniu ministros e empresários, promovido pelo Esfera Brasil.
Após cinco meses em formatação, o Fundo de Investimento em Minerais Estratégicos no Brasil será lançado durante Prospectors & Developers Association of Canada (PDAC), considerado o principal encontro de mineração e exploração mineral do mundo, que acontece entre os dias 3 e 6 de março em Toronto.
Durante o evento, o ministro deve se reunir com investidores para apresentar o fundo, que prevê financiamento para que juniors e empresas de médio porte possam desenvolver projetos de pesquisa mineral para descobrir e desenvolver novos depósitos como por exemplo de cobre, cobalto, níquel, nióbio, terras raras, grafite, lítio, fosfato e potássio.
O tíquete médio do fundo para projetos em fase de prospecção para definição de recursos e reservas e de R$ 20 milhões. Já para implantação de mina pode chegar a R$ 150 milhões.
Criar um ambiente favorável para atração de investimentos em mineração verde, inclusiva e responsável, com fortalecimento da Agência Nacional de Mineração (ANM), é o legado que Silveira pretende deixar no Ministério de Minas Energia.