Comente, compartilhe e deixe sua opinião nos comentários! Sua participação é essencial para enriquecer o debate
por Fernando Moreira de Souza
Reportagem de Thyago Henrique, no Diário do Comércio, informa que a LGA Mineração confirmou o investimento de R$ 230 milhões para a construção de um novo terminal ferroviário no município de Conselheiro Lafaiete, na região Central de Minas Gerais. O início das operações está previsto para o primeiro semestre de 2028. A estrutura terá capacidade para movimentar até 8 milhões de toneladas de materiais, entre recebimento e expedição.
O projeto marca a segunda fase do plano estratégico da empresa denominado “3,5M”. Na etapa anterior, já foram investidos R$ 100 milhões na modernização da planta industrial em Congonhas, com a instalação de novas unidades de britagem, além de plantas de moagem e jigagem, estas últimas com início de operação programado para julho.
Segundo o CEO da companhia, Paulo Soares, em entrevista ao Diário do Comércio, cerca de 100 empregos diretos serão gerados com a instalação do terminal. O empreendimento também contribuirá para o aumento da arrecadação municipal, por meio do Imposto Sobre Serviços (ISS).
Redução de custos e impactos ambientais
A implantação do terminal permitirá à empresa adotar o transporte ferroviário para escoar sua produção, substituindo gradualmente o uso exclusivo de carretas em rodovias como a BR-040 e a MG-030. Atualmente, todo o fluxo logístico da LGA é rodoviário. A maior parte do minério segue para a usina da Gerdau, em Ouro Branco, e o restante é destinado a exportadoras, como Vale e Trafigura.
Com a nova estrutura, a expectativa é retirar aproximadamente 9 mil carretas das rodovias todos os meses, reduzindo o tráfego de veículos pesados, os riscos de acidentes e a emissão de poluentes. De acordo com a empresa, o modal ferroviário é mais eficiente do ponto de vista logístico e ambiental, além de menos oneroso.
A concepção do projeto já foi concluída, e os terrenos necessários à construção foram adquiridos. Neste momento, os estudos ambientais estão em fase de consolidação para viabilizar o processo de licenciamento. A previsão é que as obras tenham início em 2027.
“O setor siderúrgico está cada vez mais exigente quanto à qualidade dos insumos e à redução de impactos ambientais. Com esses dois projetos – a modernização da planta e o terminal ferroviário – nos posicionamos de forma mais competitiva e sustentável”, afirmou Soares.
Ainda segundo o executivo, o terminal poderá ser utilizado por outras empresas da região, além de atender ao crescimento da capacidade de processamento da LGA, que deve alcançar 3,5 milhões de toneladas de minério em 2025, superando as 3,2 milhões registradas no ano anterior.