Pesquisadores brasileiros têm desenvolvido estratégias para melhorar a reciclagem de plásticos, utilizando o grafeno para evitar o processo de envelhecimento que esses materiais sofrem após o uso. O grafeno é um material que opera em escala nanoscópica e pode ser associado ao plástico para recuperar suas propriedades físicas e agregar novas características. Isso permite melhores utilizações dos novos materiais.
De acordo com o pesquisador Guilhermino Fechine, do Instituto Mackenzie de Pesquisa em Grafeno e Nanotecnologias (MackGraphe), a associação do grafeno ao plástico resulta em um melhor processo de reciclagem.
“Podemos, assim, dar novas aplicabilidades a esses materiais, muitas vezes até mais tecnológicas do que o material havia sido usado”, diz.
A reciclagem de plásticos utilizando o grafeno é um dos projetos disponíveis na Vitrine Tecnológica. Trata-se de uma plataforma que pretende dar visibilidade a projetos de pesquisa e desenvolvimento de novas patentes realizados dentro da UPM.
Apesar de a reciclagem ser uma solução para o problema do acúmulo de lixo plástico, o Brasil ainda recicla pouco. De acordo com dados da ong WWF Brasil, em 2019, apenas 1,3% de todo o material plástico gerado no país foi reciclado. E mesmo a reciclagem pode apresentar limitações, já que o plástico sofre um processo de degradação durante o uso. Com isso, as suas propriedades físicas podem se deteriorar devido ao intemperismo, como a radiação solar, chuvas e variações de temperatura, entre outros fatores.
Os resultados da pesquisa do MackGraphe indicam que a associação do grafeno ao plástico pode ser uma solução para melhorar o processo de reciclagem e evitar o acúmulo de lixo plástico na natureza. Além disso, agregar novas características tecnológicas aos materiais reciclados.