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Por Ricardo Lima
O fim da fusão entre as mineradoras canadenses ValOre Metals Corp. e South Atlantic Gold Inc., anunciado após assembleia realizada no Canadá, não representa um recuo nos investimentos minerais no Ceará. Ao contrário: ambas as empresas mantêm planos ativos e estratégicos para o estado, com destaque para os projetos de exploração de ouro, platina e paládio. Informações divulgadas pelo Diário do Nordeste.
A decisão de interromper o processo de união foi tomada de forma mútua, segundo comunicado oficial divulgado pelas companhias. A South Atlantic Gold, que administra uma mina de ouro em Pedra Branca e municípios vizinhos, seguirá à frente do empreendimento de forma independente. Já a ValOre reforçou seu compromisso com o avanço do projeto Pedra Branca, voltado à extração de metais do grupo da platina (PGM), como paládio e platina.
Avanço regulatório
Em comunicado divulgado no dia 2 de julho de 2025, a ValOre anunciou resultados promissores de sua recente campanha de sondagem e informou um marco importante no licenciamento do projeto.
“A Agência Nacional de Mineração (ANM) aprovou formalmente os Relatórios Finais de Pesquisa referentes a áreas-chave do Projeto Pedra Branca de PGM (metais do grupo da platina), incluindo as áreas que abrangem os depósitos Esbarro, Cedro, Curiu e Cana Brava. Com a aprovação da ANM, essas áreas passam agora para a fase de requerimento de concessão de lavra, representando um avanço significativo em termos de status regulatório e prontidão para o desenvolvimento”, comunicou a empresa.
Ainda segundo a ValOre, o projeto Pedra Branca é tratado como “prioridade máxima” pela companhia. As perfurações recentes confirmaram a presença de mineralizações superficiais com altos teores, o que fortalece as projeções econômicas da iniciativa.
Pioneirismo no Brasil
Para o advogado Tomás Figueiredo, especialista em mineração, os dois projetos demonstram solidez e fôlego para seguir em expansão.
“A ValOre reforça seu compromisso com o avanço e a materialização do potencial do projeto Pedra Branca, trazendo perspectivas concretas para tornar o Ceará o primeiro produtor de paládio e platina do Brasil e da América Latina”, afirma.
Sobre a South Atlantic Gold, Figueiredo avalia que o controle mantido pela própria empresa sobre o projeto de ouro pode acelerar sua implantação.
“A expectativa é que, com a recente decisão de seus acionistas de manter o controle sobre esse valioso ativo, haja um impulso renovado para o desenvolvimento da mina de ouro”, completa.
Juntas, as iniciativas das duas companhias podem criar mais de 1.000 empregos diretos e indiretos nos próximos anos, consolidando o Ceará como um novo polo mineral estratégico no Brasil.