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Por Ricardo Lima
A Companhia Brasileira de Alumínio (CBA) registrou lucro líquido de R$ 131 milhões no terceiro trimestre de 2025, representando uma alta de 51% em relação ao mesmo período do ano anterior. O desempenho foi impulsionado pela demanda interna consistente, pela alta nos preços internacionais do alumínio e por uma produção estável, mesmo diante de um cenário industrial moderado no Brasil.
A produção de alumínio líquido totalizou 93 mil toneladas, um crescimento de 9% em relação ao trimestre anterior e estabilidade frente a 2024. O EBITDA do negócio alumínio avançou 22%, atingindo R$ 262 milhões. Já o EBITDA ajustado foi de R$ 234 milhões, com margem de 10%, refletindo uma marcação a mercado desfavorável e menor geração de energia no período úmido no Sul e Sudeste.
A receita líquida consolidada atingiu R$ 2,3 bilhões, crescimento de 5% frente ao terceiro trimestre de 2024. O negócio de alumínio respondeu por R$ 2,1 bilhões desse total, alta de 2%, com destaque para os produtos primários, cuja receita chegou a R$ 1,2 bilhão, 13% superior ao mesmo trimestre do ano passado. O volume de vendas desse segmento somou 72 mil toneladas, avanço de 7% na comparação anual, impulsionado principalmente pela maior comercialização de lingotes.
As vendas de produtos transformados alcançaram 34 mil toneladas, alta de 3% em relação ao 3T24, refletindo a continuidade da demanda doméstica, especialmente pelos produtos extrudados. Apesar de manter foco no mercado interno — que representa cerca de 90% das vendas —, a CBA ampliou suas exportações de lingotes P1020, especialmente para os Países Baixos.
Redução de dívida e foco em sustentabilidade
A dívida líquida da companhia foi reduzida para R$ 3,3 bilhões, com alavancagem de 2,45x, frente a 2,29x no trimestre anterior. As captações de R$ 1,1 bilhão no período contribuíram para a redução da dívida bruta, que era de R$ 4,2 bilhões no 2T25. A valorização do real, de R$ 5,46 para R$ 5,32 por dólar, também favoreceu esse resultado.
Entre as captações, destaca-se a segunda emissão de debêntures da CBA, com prazo médio de sete anos e vencimento em 2032. O título foi classificado como ESG, com metas anuais de redução na emissão de gases de efeito estufa na produção de alumínio, reforçando o compromisso da empresa com a sustentabilidade e a transição para uma matriz energética mais limpa.













