O Brasil está avançando na criação de um Centro de Cooperação Policial Internacional (CCPI) em Manaus, visando unir as nações amazônicas no combate a crimes ambientai, incluindo mineração ilegal. Com um investimento de 9 milhões de reais do Fundo Amazônia, o CCPI deve começar a operar no primeiro trimestre deste ano.
Liderado por Humberto Freire, chefe do departamento de Meio Ambiente e Amazônia da Polícia Federal, o CCPI terá representantes policiais dos países membros da Organização do Tratado de Cooperação Amazônica (OTCA). O foco principal será combater o tráfico de drogas, contrabando de minerais, desmatamento, e a mineração ilegal de ouro, especialmente em reservas protegidas, como as dos povos indígenas Yanomami.
CCPI vai combater crimes com mineração
O centro também servirá como plataforma para o compartilhamento de tecnologia avançada. O Brasil planeja dividir com os países vizinhos a tecnologia desenvolvida pela Polícia Federal para rastrear a origem do ouro extraído ilegalmente na Amazônia.
Essa inovação, conhecida como “DNA do ouro”, utiliza radioisótopos para determinar a procedência do metal, mapeando seu caminho desde a extração até a comercialização.
Humberto Freire ressaltou que o CCPI não apenas fortalecerá a aplicação da lei na região, mas também desempenhará um papel fundamental na restauração da reputação ambiental do Brasil.
O país busca se distanciar dos aumentos no desmatamento ocorridos durante a administração anterior, destacando seu compromisso com práticas de mineração sustentáveis na maior floresta tropical do mundo.
Com a implementação do CCPI, espera-se uma colaboração mais estreita entre as nações amazônicas na abordagem de desafios críticos relacionados à mineração, promovendo a preservação ambiental e a responsabilidade social no setor.