Minas Gerais abriga a grande maioria das barragens embargadas por empresas de mineração no Brasil, de acordo com um relatório da Agência Nacional de Mineração (ANM). Das 31 estruturas interditadas, 25 estão localizadas no estado mineiro. A Vale lidera o ranking das mineradoras, com 18 barragens embargadas.
O relatório faz parte das Declarações de Condições de Estabilidade (DCE) das barragens de mineração, que são enviadas semestralmente.
A última DCE, referente ao segundo semestre deste ano, estabeleceu um prazo entre setembro e outubro para envio das declarações e é por meio delas que se comprova a estabilidade das estruturas minerárias.
A ANM também observa que duas barragens não foram embargadas devido a preocupações ambientais. Essas interdições podem levar a um possível impacto radiológico ambiental caso os efluentes tratados não sejam direcionados para um destino apropriado e licenciado, embora essa determinação seja responsabilidade da Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN) e não da ANM.
Das 25 estruturas com embargo em Minas Gerais, 18 pertencem à Vale. Recentemente, uma das barragens em Itabira foi desativada: o Dique 2 do Sistema Pontal, localizado na Mina Cauê, é a 13ª estrutura eliminada pela Vale no Brasil desde 2019 e a sexta desativada no município.