A Agência Nacional de Mineração (ANM) informou em nota publicada na segunda-feira (13) que em vistoria de campo à Mina de Fábrica Nova da Vale, não constatou anomalia aparente que apresente risco iminente da estrutura das pilhas PDE Permanente 1, PDE Permanente 2 e PDE União Vertente Santa Rita. Nesta terça-feira (14), a equipe da agência voltará ao local para concluir o trabalho de fiscalização.
Em parceria com a Defesa Civil Estadual e do município de Mariana, Ministério Público, Fundação Estadual de Meio Ambiente de Minas Gerais (Feam), Corpo de Bombeiro e a Associação dos Moradores da Associação Santa Rita, a ANM reuniu-se ainda com representantes da Vale para esclarecimentos.
Na ocasião, a empresa apresentou estudo preliminar apontando que não há risco iminente de ruptura da pilha ou mesmo do dique a jusante.
“Mesmo assim, diante das condições atuais do reservatório e de contorno conservadoras do estudo de ruptura hipotética da pilha, técnicos da Vale entendem que os impactos de uma eventual ruptura considerando essa condição de falha são irrelevantes na área a jusante”, disse a ANM em nota.
A Vale também divulgou um comunicado reforçando que “não há risco iminente atrelado às pilhas de estéril da mina de Fábrica Nova, em Mariana (MG), assim como não há a necessidade da remoção de famílias”.
“Diferentemente do que foi veiculado por alguns veículos de imprensa, a pilha de estéril é uma estrutura de aterro constituída de material compactado, diferente de uma barragem e não sujeita à liquefação. Importante também esclarecer que o dique de pequeno porte localizado à jusante de uma das pilhas tem declaração de condição de estabilidade positiva. A Vale reitera que a segurança é um valor inegociável e que cumpre todas as obrigações legais. A Vale continuará colaborando com as autoridades e fornecendo todas as informações solicitadas”, disse a mineradora.