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Por Ricardo Lima
A Anglo American rebateu as alegações da CoreX de que a venda de suas operações de níquel no Brasil para a chinesa MMG teria favorecido interesses externos sem justificativa. Em comunicado divulgado nesta quinta-feira (28), a mineradora afirmou que a transação, concluída por cerca de US$ 500 milhões, seguiu um processo competitivo com propostas de diferentes empresas globais.
“Todo o processo seguiu as melhores práticas de governança, que levaram a escolher um comprador que possa manter e investir nos ativos de forma sustentável, dando continuidade a um legado positivo construído ao longo dos mais de 40 anos, baseado no diálogo com todas as partes interessadas, e beneficiando empregados, comunidades, fornecedores, clientes, e a economia goiana e brasileira como um todo”, afirmou a companhia.
Segundo a Anglo, a escolha da MMG se baseou na qualidade da oferta — que incluía maior pagamento inicial, garantias robustas e capacidade de gestão de longo prazo — além do histórico da compradora como operadora responsável. A companhia ressaltou que todo o processo observou as melhores práticas de governança e que a nova controladora tem condições técnicas e financeiras de manter as operações de Barro Alto e Codemin, em Goiás, além de desenvolver projetos no Pará e em Mato Grosso.
A Anglo American busca afastar questionamentos sobre a legitimidade da operação, que vem sendo contestada pela CoreX no Brasil através do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) e na Comissão Europeia, sob a alegação de que o acordo beneficiaria a China, aumentando indevidamente seu controle sobre o mercado global de níquel. A empresa destacou ainda que sua decisão está alinhada à estratégia global anunciada em 2024 de concentrar investimentos em cobre, minério de ferro premium e fertilizantes.