por Fernando Moreira de Souza
Por conta de sua utilidade, segurança, sustentabilidade e eficiência, a indústria de mineração tem utilizado drones e robôs como, por exemplo, os veículos aéreos não tripulados executam tarefas mais arriscadas e deletérias, além de coletar dados com precisão em projetos de mapeamento em tempo real.
Algumas empresas do setor minerário estão modernizando suas operações e promovendo uma grande revolução no mercado de automação, atualmente avaliado em US$ 3,6 bilhões, com expectativa para chegar a US$ 5,1 bilhões, consoante os dados da consultoria Research and Markets.
A Vale também desenvolve o EspeleoRobô, desde 2015, com parceria entre a Universidade Federal de Minas Gerais e a área de espeleologia da companhia. Esse equipamento conta com sistema de iluminação e câmeras, projetado para auxiliar na exploração de cavernas, mas a utilidade da máquina foi ampliada por sua facilidade de transitar por terrenos acidentados.
A Vale também busca inovações além de seus laboratórios de pesquisa e, em 2021, adquiriu um cão-robô criado pela empresa suíça Anybotics, o Anymal. Com esse equipamento, a empresa pode retirar seus funcionários de locais de risco, permitindo fazer inspeções de maneira remota, auxiliando na redução de custos.
Já os drones auxiliam com informações aéreas. A Skydrones, empresa nacional, é pioneira no desenvolvimento de Veículos Áereos não Tipulados e no processo de regulação de uso no Brasil, atuando entre outras áreas no setor de mineração. Em 2014, utilizou um drone de asa fixa para volumetria e topografia, no Rio Grande do Norte. O equipamento também consegue monitorar deslocamento do solo em barragens, tubulações enterradas e umidade. Recentemente, trabalha no desenvolvimento de um drone de perfuração e desmonte.
Um drone minerário tem um valor estimado entre R$ 100 mil e R$ 300 mil reais, mas um equipamento com radar pode chegar à cifra de R$ 1 milhão de reais. A Skydrones e a Hasageo estão desenvolvendo equipamentos geofísicos para os VANTs, como espectrômetros de análise e amostra de minérios e magnetrômetros para medir a intensidade, direção e variação do campo magnético de uma área, o que acaba com a necessidade de funcionários estarem em áreas de risco.
No Pará, o Instituto Tecnológico Vale segue com dois projetos, um em colaboração com a Estrada de Ferro Carajás, onde desenvolve um robô para inspeção de dutos de ferrovia, outro na adaptação de um robô em parceria com a UFRJ para inspeção de correias das máquinas transportadoras de minério.