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Por Ricardo Lima
O Conselho de Administração da Sigma Lithium anunciou na última sexta-feira (8) a recondução de Ana Cabral, cofundadora da companhia ao cargo de CEO. Ana Cabral recebeu mais de 95% dos votos na assembleia anual de acionistas, realizada em junho, e lidera um plano robusto de crescimento que prevê a construção da segunda planta greentech no Vale do Jequitinhonha (MG).
Com a nova unidade, a capacidade de produção da Sigma Lithium passará de 270 mil para 520 mil toneladas anuais de concentrado de óxido de lítio, consolidando a posição da empresa como uma das maiores fornecedoras globais de lítio sustentável. O projeto também reforça o compromisso com práticas ambientais e sociais responsáveis, em um momento de alta demanda internacional pelo mineral usado na fabricação de baterias para veículos elétricos.
Para dar mais agilidade a decisões estratégicas, como a ampliação da fábrica verde, e otimizar a coordenação entre equipes no Brasil e no exterior, o Conselho de Administração também aprovou um redesenho organizacional.
Como a reestruturação vai impactar a gestão do lítio sustentável?
A nova estrutura da Sigma Lithium foi simplificada em sete áreas principais: industrial e mineração; ambiental e social; jurídico; comercial; estratégia e comunicação de relações institucionais e exteriores; finanças e administração; e relações com investidores. Todas as áreas passam a responder diretamente à CEO Ana Cabral, o que, segundo a empresa, permitirá decisões mais rápidas e melhor integração entre setores. A operação conta com mais de 1.500 colaboradores no Brasil e no exterior.

Para fortalecer a gestão financeira, Felipe Peres foi nomeado Chief Financial Officer (CFO), reunindo sob sua supervisão todas as funções da área. Com mais de 30 anos de experiência em multinacionais de recursos naturais, Peres já havia ocupado o cargo de CFO entre 2020 e 2023, liderando o IPO da Sigma na Nasdaq e participando da expansão da primeira planta greentech. O executivo também teve passagens por empresas como Vale, Shell e CSN.
Quais mudanças estratégicas reforçam a presença global da Sigma Lithium?
Anna Hartley retorna à empresa como vice-presidente de Relações com Investidores, substituindo Irina Axenova. Hartley possui mais de 30 anos de experiência em gestão de ativos e análise de capital em Londres e Nova York e ocupou o cargo até 2022. Ex-membro do conselho da Sigma, ela atuará em estreita colaboração com Daniel Abdo, que lidera a área de relações internacionais da companhia.
A assembleia de acionistas também ratificou a contratação da Grant Thornton LLP como auditora independente. A Sigma reafirmou suas metas de produção: 270 mil toneladas de concentrado de óxido de lítio em 2025 e conclusão da expansão para 520 mil toneladas até o fim do ano, sempre mantendo foco em lítio sustentável, governança corporativa e eficiência operacional.
Próximos passos e expectativa de resultados
A companhia divulgará, no próximo dia 14 de agosto, os resultados do segundo trimestre de 2025, que devem refletir os avanços na produção e no plano de expansão. O mercado acompanha de perto, considerando o papel estratégico da Sigma no fornecimento de lítio sustentável para a cadeia global de veículos elétricos e sistemas de armazenamento de energia.
Com a recondução de Ana Cabral e a nova configuração organizacional, a Sigma Lithium busca não apenas acelerar a entrega de projetos, mas também manter-se como referência internacional em produção responsável de lítio. O objetivo é atender à crescente demanda por soluções de energia limpa, fortalecendo a presença brasileira no mapa global do setor.