Comente, compartilhe e deixe sua opinião nos comentários! Sua participação é essencial para enriquecer o debate
Por Ricardo Lima
O ródio deve registrar o melhor desempenho de preço entre os metais do grupo da platina (PGMs) em 2025, segundo a consultoria Metals Focus. A previsão aponta valorização média de 8% para o metal, diante de 1% para a platina, enquanto o paládio tende a recuar 5% no mesmo período.
Estoques em queda acentuada
O estudo mostra que o déficit de ródio reduzirá os estoques acima do solo em 23%, para 349 mil onças — o nível mais baixo em quatro décadas, equivalente a apenas quatro meses de consumo. A consultoria observou — “Com parte desses estoques presos em processos em andamento, o ródio permanece suscetível a apertos no mercado físico” — acrescentando, em análise posterior, que a produção mais fraca na África do Sul impulsionou a cotação em 20% neste ano.
Para o paládio, os estoques caíram para 11,3 milhões de onças em 2024, mas ainda cobrem 14 meses de demanda. A Metals Focus ressaltou — “A eletrificação e o crescimento da oferta por reciclagem estão alimentando expectativas de superávit, minando a disposição dos investidores em manter (os estoques) e levando estoques anteriormente rígidos a retornarem ao mercado, pressionando os preços (do paládio)” — ao explicar que o avanço dos veículos elétricos e da reciclagem pressiona as cotações.
Pressão sobre margens das mineradoras
A platina caminha para o terceiro ano consecutivo de déficit — estimado em 529 mil onças —, mas a oferta estocada de 9,2 milhões de onças (14 meses de consumo) deve conter ganhos mais expressivos. Em nota, a consultoria avaliou — “Esse estoque considerável suaviza o impacto dos déficits e precisará ser mais reduzido antes que os preços (da platina) possam se beneficiar de forma significativa”, indicando, depois, que a retração dos estoques precisará avançar para elevar os preços de forma consistente.
Mesmo assim, o preço médio da cesta de seis PGMs deve subir 4%, para US$ 1.347 por onça em 2025. Ainda que parte da produção permaneça no limite do custo sustentável, a valorização alivia parte da pressão sobre as margens das mineradoras, que enfrentam redução de demanda dos veículos a combustão e maior penetração de elétricos.