por Fernando Moreira de Souza
Uma nova técnica para a mineração de terras raras foi desenvolvida por pesquisadores chineses e vai reduzir os impactos ambientais, consumo de energia e resíduos gerados, tornando os processos ainda mais eficientes, pois os métodos tradicionais de extração possuem custo ambiental elevado e preocupam a sustentabilidade mundial.
O Instituto de Geoquímica de Guangzhou da Academia Chinesa de Ciências desenvolveu a técnica, chamada de mineração eletrocinética, e apresentou todos os detalhes da utilização em escala industrial em um artigo publicado na revista científica Nature Sustainability. A estratégia do método é baseada em eletrosmose, obtendo uma extração mais limpa e seletiva desses elementos a partir de minérios.
Em um lote de cinco mil toneladas de minério de terras raras, o novo método apresentou uma taxa de recuperação de 95% e redução nas emissões de amônia, um dos principais poluentes gerados pelos métodos convencionais de extração. Uma comparação com processos tradicionais confirmou a viabilidade econômica da técnica, mostrando que a mineração eletrocinética será uma alternativa competitiva e mais sustentável à crescente demanda por terras raras.