por Fernando Moreira de Souza
O setor global de mineração necessita de um investimento na ordem de US$ 6 trilhões para a próxima década e suprir a demanda em minerais críticos, de acordo com o ministro da Indústria e Recursos Minerais da Arábia Saudita, Bandar Alkhorayef.

Alkhorayef deu destaque para a urgente necessidade de cooperação internacional para debater a crescente demanda por minerais, pois os esforços de transição energética caminham pela ampliação do uso dos recursos minerais do país, uma vez que os minerais estão no centro das cadeias de suprimentos e são necessários para atender à demanda pela transição energética. “Minerais críticos já são fundamentais para a cadeia de suprimentos e transição energética, temos que formalizar acordos para ampliar os esforços globais” disse.
Além de serem vitais para setores como defesa e aeroespacial, minerais como o lítio, cobalto, níquel, cobre, zinco e manganês são utilizados em painéis solares, turbinas eólicas, baterias para veículo e dispositivos eletrônicos.
O Brasil se destaca neste cenário, China, Austrália e Chile são líderes consolidados no setor, porém a Arábia Saudita está começando a se posicionar. A posição do Brasil é de que não há soluções para problemas transversais se não houver diálogo e fortalecimento dos organismos internacionais. Foram definidos em Dubai, nos Emirados Árabes Unidos, e na última COP, no Azerbaijão, valores vultosos a serem destinados à transição energética que deveriam ser contabilizados pela ONU, mas os países ricos e industrializados não estão cumprindo os acordos.
O Reino Unido pretende assinar um novo acordo de parceria sobre minerais essenciais com a Arábia Saudita. De acordo com Sarah Jones, ministra da Indústria do Reino Unido, o país deve garantir o fornecimento desses minerais essenciais, na corrida global pelo crescimento econômico e em um mundo cada vez mais incerto.