por Fernando Moreira de Souza
De acordo com matéria publicada na Mining.com, o edital representa o mais recente esforço do Chile para capitalizar suas reservas de rejeitos em todo o país. Por três anos, serão investidos até US$ 4 milhões por projeto e o programa tem o objetivo de promover soluções inovadoras para mineração sustentável e desenvolvimento tecnológico, em linha com a previsão de aumento na demanda pelos metais necessários para a transição energética global, o que impulsionou a demanda por uma ampla gama de commodities, incluindo lítio e cobalto, amplamente utilizados em baterias de veículos elétricos, bem como terras raras, essenciais para tecnologias de energia renovável.
“Esses são minerais estratégicos, especialmente cobalto e terras raras, onde temos grande potencial”, disse a Ministra de Mineração Aurora Williams, que também também anunciou planos para modernizar as regulamentações para a construção, gestão, fechamento e reutilização de rejeitos, com reformas programadas para serem introduzidas em março, para garantir que o Chile, o atual maior produtor de cobre do mundo, possa explorar seus recursos minerais subutilizados de forma sustentável.
Fernando Hentzschel, chefe de Capacidades Tecnológicas da Corfo, deu ênfase na promoção da agência em inovação e escalabilidade no processo de extração. “Estamos buscando gatilhos para o desenvolvimento tecnológico, estamos buscando ampliar esses tipos de tecnologias”, disse Hentzschel, pontuando a existência de algumas tecnologias de pequena escala para extração de cobalto.
A iniciativa do Chile é o espelhamento de um esforço mais amplo dentro do setor de mineração do país para maximizar a eficiência dos recursos, buscando abordar os desafios ambientais impostos pelos rejeitos, já que foram feitos alguns progressos na extração de cobre de resíduos de mineração, mas a obtenção de cobalto e elementos de terras raras continua praticamente inexistente.