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Por Ricardo Lima
A Petrobras começou a perfurar o primeiro poço de pesquisa exploratória na Margem Equatorial, após obter licença ambiental do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama). A autorização, concedida na segunda-feira (20), permite à estatal investigar o potencial de petróleo e gás em águas profundas do Amapá, a 175 quilômetros da costa e a 500 quilômetros da foz do Rio Amazonas.
A perfuração, que deve durar cerca de cinco meses, marca o início de uma nova frente de exploração de petróleo no país. A operação ocorre no bloco FZA-M-059 e tem como objetivo levantar dados geológicos sobre a região, considerada uma das últimas fronteiras energéticas inexploradas do Brasil.
Licença obtida após cinco anos de negociações
A presidente da Petrobras, Magda Chambriard, classificou a autorização do Ibama como “uma conquista da sociedade brasileira”. Segundo ela, o processo de licenciamento envolveu anos de diálogo entre governos e órgãos ambientais.
“Revela o compromisso das instituições nacionais com o diálogo e com a viabilização de projetos que possam representar o desenvolvimento do país”, afirmou Chambriard no comunicado.
A executiva também ressaltou que a empresa comprovou a robustez de seus sistemas de segurança e proteção ambiental. “Vamos operar na Margem Equatorial com segurança, responsabilidade e qualidade técnica. Esperamos obter excelentes resultados nessa pesquisa e comprovar a existência de petróleo na porção brasileira dessa nova fronteira energética mundial”, completou.
Ibama aponta rigor técnico e novos centros de fauna
Em nota, o Ibama afirmou que a licença foi concedida após um “rigoroso processo de licenciamento ambiental”, que incluiu a elaboração de um Estudo de Impacto Ambiental (EIA/RIMA), três audiências públicas e 65 reuniões técnicas em mais de 20 municípios do Pará e do Amapá. O órgão também destacou a criação de um novo centro de atendimento à fauna em Oiapoque (AP), que se soma ao já existente em Belém.
O instituto afirmou ainda que exigências adicionais — especialmente voltadas à resposta a emergências — foram fundamentais para garantir a viabilidade ambiental do projeto. Durante as operações, está previsto um novo exercício simulado de emergência com foco no resgate de animais atingidos.
Fonte: Agência Brasil.