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por Warley Pereira / Fernando Moreira de Souza
Durante a segunda edição do Brazilian Lithium and Critical Minerals Summit 2025, o executivo da TMX Group para a América do Sul, Guillaume Légaré, destacou o crescimento do ecossistema brasileiro voltado ao setor mineral e o papel da bolsa canadense no apoio ao desenvolvimento dessa cadeia no Brasil.
Segundo Légaré, o Brasil tem demonstrado um dinamismo inédito na articulação entre empresas, investidores e instituições voltadas à mineração. “É impressionante observar como o ecossistema está se desenvolvendo com o objetivo claro de apoiar o setor”, afirmou. Ele ressaltou que a TSX (Toronto Stock Exchange) e a TSXV (TSX Venture Exchange) já contam com 32 empresas listadas que possuem 95 ativos minerais no território brasileiro — número considerado ainda modesto diante do potencial identificado.
A partir dessa constatação, a TSX tem buscado colaborar com atores locais para fortalecer o ambiente de negócios. “Nosso objetivo é ampliar essa base e fomentar um ecossistema mais robusto, em conjunto com stakeholders brasileiros”, disse.
Roadshow impulsiona integração com projetos latino-americanos
Em abril deste ano, a TSX realizou um roadshow voltado ao modelo CPC (Capital Pool Companies), reunindo investidores e empresas do Brasil, Argentina e Chile. De acordo com Légaré, o evento revelou não apenas o interesse dos investidores canadenses, mas também a disposição de empreendimentos latino-americanos em compreender os mecanismos de listagem e captação de recursos no mercado de capitais.
Para facilitar esse processo, Légaré apontou três pilares considerados essenciais: qualidade dos ativos, assegurada por certificações como o relatório 43-101; solidez da equipe de gestão, que influencia diretamente o diálogo com o mercado; e compromisso com a sustentabilidade. “Projetos bem estruturados, que cumpram esses critérios, têm condições de atrair atenção global”, acrescentou.
Parceria B3
Ele também enfatizou que a TSX não atua isoladamente e que a colaboração com parceiros locais é fundamental. Como exemplo, mencionou o memorando de entendimento (MOU) assinado com a B3 em outubro de 2024, voltado à integração entre os mercados brasileiro e canadense. “A TSX é líder mundial em mineração, e a B3 tem posição estratégica no Brasil. Há espaço para sinergias”, afirmou.
Légaré destacou também a importância do Brazilian Lithium and Critical Minerals Summit 2025. “É uma oportunidade para reforçar conexões, conhecer novos projetos e mostrar que o Brasil está consolidando um ambiente propício para investimentos em mineração e energia”, concluiu.