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por Fernando Moreira de Souza
O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira (PSD-MG), afirmou nesta terça-feira (25.fev.2025) que a transição para fontes energéticas sustentáveis depende diretamente da mineração. Ele ressaltou que tecnologias como energia renovável, baterias e eletrificação demandam minerais essenciais, incluindo lítio, cobalto, níquel, cobre e terras-raras. Durante sua participação no painel “Estratégias para Segurança Energética no Brasil”, na CEO Conference 2025, promovida pelo BTG Pactual em São Paulo, Silveira criticou a postura de quem se opõe à mineração enquanto defende a transição energética. Segundo ele, “não há como avançar para um futuro sustentável sem os insumos necessários”.
Exploração da Margem Equatorial e custos da transição
O ministro também enfatizou a necessidade de explorar a Margem Equatorial para viabilizar economicamente a transição energética no Brasil. Ele aproveitou a ocasião para criticar a postura de países europeus em relação à política ambiental. “Não podemos aceitar que um discurso vindo da Europa nos imponha custos ainda maiores para essa transição”, afirmou. Silveira argumentou que é inviável interromper a produção de combustíveis fósseis, especialmente do petróleo, enquanto houver demanda global. “Se o mundo ainda consome, não será o Brasil que deixara de ofertar”, acrescentou.
Pressão sobre o Ibama e liberação de estudos
O governo federal tem pressionado o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) para permitir estudos de exploração na Margem Equatorial. No último dia 12 de fevereiro, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) defendeu a necessidade de autorização para pesquisas da Petrobras na região, criticando a postura do órgão ambiental. “Não podemos ficar nesse impasse, o Ibama é um órgão governamental e precisa agir como tal”, declarou Lula na ocasião.
Na semana seguinte, Silveira reforçou as críticas ao Ibama, classificando como “absurda” a demora na resposta aos pedidos da estatal. Segundo o ministro, a Petrobras já entregou toda a documentação necessária, e o órgão ambiental deveria esclarecer os motivos de uma eventual negativa. “Se há uma decisão contrária, que sejam apresentados os fundamentos dessa escolha”, afirmou.
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