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Por Ricardo Lima
A Mineração Paragominas celebra, em agosto, cinco anos de operação licenciada da tecnologia Tailings Dry Backfill, que transforma a gestão de rejeitos na mineração de bauxita. Desde 2019, mais de 20 milhões de metros cúbicos de rejeitos foram devolvidos com segurança às cavas de extração, liberando cerca de 800 hectares para recuperação ambiental.
A metodologia inovadora consiste em secar o rejeito e transportá-lo de volta às áreas mineradas, permitindo operação durante todo o ano, com menor emissão de carbono e otimização de recursos logísticos e financeiros.
Inovação e sustentabilidade na gestão de rejeitos
O Tailings Dry Backfill surgiu a partir de um investimento de R$ 30 milhões e passou por aprimoramentos significativos ao longo dos cinco anos, incluindo a operação no período de chuvas intensas da Amazônia. A otimização do fluxo, com utilização dos mesmos caminhões para minério e rejeito, e a introdução de caminhões elétricos aumentaram a eficiência e reduziram as emissões de carbono.
“No inverno de 2023, concluímos os testes para começar a operar nessa época do ano. Antes disso, o método só funcionava durante sete meses. Foi uma grande conquista, pois assim conseguimos gerenciar toda quantidade de rejeitos que precisamos com menos caminhões, já que podemos fazer essa movimentação ao longo de todo o ano, e isso trouxe um importante ganho ambiental e financeiro”, afirma Edil Pimentel, gerente de Operações de Mina da Mineração Paragominas.
Segundo Edil, a tecnologia já gerencia 85% do rejeito produzido, representando um avanço significativo para a sustentabilidade e eficiência da operação. “É uma contribuição tanto no aspecto ambiental como no financeiro, com a otimização dos nossos recursos operacionais. Nosso objetivo é alcançar 100% de aproveitamento do rejeito com essa tecnologia, e estamos orgulhosos do caminho que percorremos até aqui”, acrescenta.