O Segundo Encontro de Competências em Tecnologia e Inovação em Mineração, reuniu representantes de entidades públicas e privadas e profissionais que atuam nas diversas etapas da pesquisa e da produção mineral no país para discutir a criação da Rede Público Privada Permanente de Tecnologia e Inovação em Mineração, além da construção uma plataforma de informações que permita entender as competências existentes e oferecidas, as deficiências, demandas e perspectivas.
A iniciativa busca organizar o acervo de conhecimento e tecnologias para o desenvolvimento da mineração. O diagnóstico do primeiro encontro realizado em fevereiro, em Goiânia, apontou que as competências e tecnologias existentes, encontram-se desarticuladas, o que resulta no seu subaproveitamento para geração de soluções e inovações para o setor mineral brasileiro.
“A ideia é construir uma rede colaborativa que contemple todas as fases da inovação e que consiga replicar uma estrutura digital para zerar a distância entre as empresas e as instituições de ciência e tecnologia, institutos de pesquisa, fundações e centros de pesquisa privados e públicos,” comenta Marcos André Gonçalves, presidente do Conselho Superior da Agência para o Desenvolvimento e Inovação do Setor Mineral Brasileiro (ADIMB).
Gonçalves destaca que o objetivo é estruturar toda base de competências e habilidades para oferecer às empresas produtos e serviços voltados para o ecossistema da mineração. De Acordo com ele, durante o encontro foi discutido modelo de gestão e a criação de um comitê gestor da rede, com a participação de entidades setoriais. “Queremos que a rede tenha interface com outros seguimentos da indústria”, disse o presidente do Conselho da ADIMB.
Para Luís Vessani, diretor da ABPM e presidente do Sindicato da Indústrias Extrativas de Goiás e do Distrito Federal (SIEG), há necessidade urgente de articulação dos centros de tecnologia com atuação no setor mineral. Nesse sentido, como encaminhamento do primeiro encontro, decidiu-se a criação de uma Rede de Tecnologia e Inovação em Mineração envolvendo as diversas instituições e profissionais.
A ideia segundo Vessani é promover um fórum contínuo para a troca de conhecimentos e informações, estimular a aproximação da pesquisa mineral dos problemas reais enfrentados pelo setor e criar sinergias para o melhor aproveitamento das competências e capacidades existentes. “Trata-se de um desafio inicial crucial para a organização, planejamento e reposicionamento do Setor Mineral no Brasil”, avalia Vessani.
Durante o encontro, Nevaldo Teixeira, chefe do Centro de Geociências Aplicadas do Serviço Geológico do Brasil (SGB) falou demandas em tecnologia e inovação para exploração mineral. Eder Martins da EMBRAPA, apresentou conceitos fundamentais sobre agrominerais, remineralizadores e fertilizantes silicatados. O encontro teve ainda a participação de representantes da EMBRAPII, CETEM, Universidade Federal de Catalão, Centro Tecnológico de Engenharia Civil e Hidráulica da Eletrobras Furnas, SENAI e ABPM e IBRAM.