A estatal chilena Codelco, maior produtora mundial de cobre, anunciou nesta semana que desativou a fundição de metais Ventanas, após incidentes ambientais na região que afetaram suas operações.
“A empresa trouxe não apenas empregos de qualidade, mas também desenvolvimento para a comunidade. Ao longo desses 58 anos, fundimos mais de 18 milhões de toneladas de concentrado, e é uma conquista que deve nos encher de orgulho, pois sempre foi feita em total conformidade com a lei”, afirmou o gerente-geral da Divisão Ventanas, Ricardo Weishaupt.
Codelco foca em mineração sustentável
Somente em 2005, tanto a fundição quanto a refinaria foram transferidas da Enami para a Codelco, depois que as plantas exigiram grandes investimentos para atender às novas regulamentações ambientais.
“A transformação da divisão Ventanas é uma evidência clara de que essa corporação está decisivamente caminhando em direção a uma mineração mais sustentável”, disse Máximo Pacheco, presidente do conselho de administração da empresa.
Apesar de a empresa de cobre ter investido US$ 160 milhões em infraestrutura e novas tecnologias, e a fundição ter operado sempre dentro dos limites exigidos pela regulamentação, as condições de ventilação na baía geraram constantes episódios ambientais que levantaram questionamentos sobre todas as empresas da região.
A Codelco disse que agora está em processo de adaptação para produzir cobre de forma mais sustentável.
O Presidente da República do Chile, Gabriel Boric, enviou uma mensagem em vídeo na qual comentou que, após essa decisão da empresa, era importante garantir o emprego.
“Nós impulsionamos uma transição justa na qual a Codelco trabalhou arduamente para garantir a continuidade dos empregos, e além disso, a Codelco permanecerá na região por meio da refinaria”.
A partir de agora, será a principal planta da Divisão Ventanas a refinaria eletrolítica, que produz anualmente 420 mil toneladas de cátodos de cobre com altos padrões ambientais, com pureza de 99,99%, e que são enviados para várias partes do mundo para apoiar a transição energética, a mobilidade elétrica e a eletrificação de áreas tão distantes como a China, a Índia e o Sudeste Asiático,.