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por Fernando Moreira de Souza
Reportagem de Rodrigo Viga Gaier, no Diário do Comércio, informa que o Brasil poderá arrecadar mais de R$ 300 milhões com o leilão de áreas para mineração, previsto para ocorrer na B3 em 2025. A Agência Nacional de Mineração (ANM) pretende disponibilizar até 7 mil áreas, incluindo novas concessões e terrenos devolvidos, com destaque para aqueles que contêm minerais estratégicos como lítio e terras raras, essenciais para a transição energética.
De acordo com o diretor-geral da ANM, Mauro Sousa, a expectativa é ampliar a oferta de áreas minerárias nos próximos anos. Atualmente, a agência possui cerca de 90 mil áreas passíveis de serem leiloadas. “Temos muitas áreas interessantes que já foram alvo de lances no passado, mas acabaram retornando ao nosso controle. Há também novas oportunidades no certame”, afirmou Sousa à Reuters.
Estratégia inclui leilões regulares a partir de 2026
A ANM planeja estabelecer uma rotina de leilões a partir de 2026, com a realização de pelo menos três certames anuais, cada um ofertando até 7 mil áreas. A medida tem como objetivo tornar a disponibilidade de ativos minerários contínua para investidores nacionais e internacionais.
Segundo Sousa, existe ainda a possibilidade de organizar leilões direcionados para minerais estratégicos específicos. “No futuro, poderemos estruturar certames voltados exclusivamente para minerais críticos”, explicou o diretor-geral.
Novo modelo visa evitar especulação
Para evitar práticas especulativas, a ANM adotará um novo modelo de leilão na B3, que exigirá garantias financeiras e aporte para habilitação dos participantes. A medida busca impedir que interessados sem estrutura operacional adquiram áreas apenas com a intenção de revendê-las no mercado informal.
“Isso representa um avanço significativo. Antes, era comum que empresas ou indivíduos fizessem lances altos sem dispor dos recursos necessários para pagar. Depois, buscavam investidores no mercado, promovendo uma espécie de leilão paralelo”, explicou Sousa.
O contrato com a B3, avaliado em R$ 33 milhões, possibilitará a realização de leilões para aproximadamente 105 mil áreas minerárias ao longo de cinco anos, consolidando a iniciativa como parte da estratégia do governo para fortalecer o setor mineral brasileiro.