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Por Ricardo Lima
As principais bolsas da Europa registraram fortes altas nesta segunda-feira (12), reagindo positivamente à trégua tarifária anunciada entre os Estados Unidos e a China. O entendimento temporário entre as duas potências reduziu a pressão sobre o comércio global e impulsionou os papéis de mineradoras e montadoras do continente. É o que revela reportagem do Valor Investe.
Por volta das 7h30 (horário de Brasília), o índice pan-europeu Stoxx 600 apresentava valorização de 0,92%, alcançando 542,92 pontos. Em Frankfurt, o DAX subia 0,88%, aos 23.706,37 pontos. Em Londres, o FTSE 100 tinha ganho de 0,33%, aos 8.583,67 pontos. Já o CAC 40, em Paris, avançava 1,32%, para 7.845,77 pontos.
Alívio nos mercados
Durante o fim de semana, representantes dos dois países se reuniram em Genebra, na Suíça, e acertaram uma redução mútua nas tarifas de importação: os EUA cortaram seus tributos para 30% por um período de 90 dias, enquanto a China reduziu suas tarifas para 10%. Como resultado direto, o sentimento dos investidores melhorou.
Segundo os economistas do Commerzbank, Bernd Weidensteiner e Christoph Balz, o risco de recessão nos Estados Unidos combinado com inflação elevada foi amenizado. Para eles, embora ainda haja incertezas quanto ao resultado das negociações, a percepção de curto prazo é positiva. Eles destacaram que o objetivo do governo americano é reequilibrar a balança comercial com a China, o que pode dificultar um acordo definitivo.
Setores em destaque
Os setores automotivo e de mineração foram os principais beneficiados com o anúncio. O índice Stoxx 600 apontava alta de 3,66% nas ações do setor automobilístico. A Stellantis teve elevação de 7%, enquanto Porsche e Mercedes-Benz avançaram mais de 5% cada. No segmento de mineração, os papéis da Glencore subiram 7% e os da A.P. Moeller-Maersk, 11%.
Na contramão, os fabricantes de medicamentos enfrentaram perdas de 2,8%, de acordo com o mesmo índice. O movimento foi provocado após declarações do ex-presidente dos EUA, Donald Trump, que afirmou sua intenção de reduzir os preços de medicamentos prescritos no país. Segundo ele, um corte obrigatório nos custos será proposto caso ele retorne à presidência.