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Por Ricardo Lima
A Exposibram 2025 (Expo & Congresso Brasileiro de Mineração) começa nesta segunda-feira (27), em Salvador, e transforma a capital baiana no principal ponto de encontro da mineração mundial até o dia 30 de outubro. Organizado pelo Instituto Brasileiro de Mineração (IBRAM), a programação do congresso inclui debates sobre minerais críticos e estratégicos, transição energética, COP 30 e cenários geopolíticos do setor, com o apoio do Governo da Bahia e da Companhia Baiana de Pesquisa Mineral (CBPM).
Entre os nomes confirmados estão Gustavo Pimenta, presidente da Vale; Rohitesh Dhawan, CEO do Conselho Internacional de Mineração e Metais (ICMM); Raul Jungmann, diretor-presidente do IBRAM; e Ana Sanches, presidente da Anglo American no Brasil. Além de mineradoras e executivos, o evento reunirá fornecedores de tecnologia, universidades, autoridades e representantes de comunidades.
Com expectativa de público em torno de 30 mil participantes, a Exposibram 2025 será realizada no Centro de Convenções Salvador. Além da feira internacional de negócios — com entrada gratuita —, o congresso oferecerá minicursos e painéis técnicos sobre inovação, ESG, diversidade e mineração em novas fronteiras, consolidando Salvador como centro de discussões sobre o futuro sustentável do setor.
A edição de 2025 destaca o protagonismo da Bahia no cenário mineral brasileiro, estado que concentra reservas estratégicas de cobre, níquel, vanádio, lítio e terras raras. Um dos painéis centrais, “A nova fronteira mineral do Nordeste do Brasil”, abordará o papel da região na transição energética e no desenvolvimento econômico sustentável.
Bahia ocupa 3º lugar em faturamento do setor no 1T25
No primeiro trimestre de 2025, a Bahia registrou R$ 4 bilhões em faturamento mineral, ocupando o 3º lugar nacional entre os estados que mais arrecadaram com a atividade. O estado é o único produtor de vanádio e urânio do Brasil e figura entre os maiores produtores de ouro, cromo, grafita e níquel. Ao todo, 47 substâncias minerais são exploradas em território baiano.
Em 2024, a mineração baiana alcançou R$ 10,1 bilhões em faturamento, segundo o Instituto Brasileiro de Mineração (IBRAM). O desempenho confirma a Bahia como um dos principais polos mineradores do país, com 3,7% de participação nacional e relevância na geração de empregos, exportações e investimentos.
No mesmo período, o estado exportou 606 mil toneladas de substâncias minerais, movimentando US$ 1,5 bilhão. Atualmente, a Bahia reúne 29.336 títulos minerários, dos quais 1.604 são títulos de lavra.
Empregos e investimentos impulsionam o Estado
O setor mineral gerou 15.823 empregos diretos na Bahia em 2024 — cerca de 7,2% do total nacional, além de uma estimativa de mais de 170 mil postos de trabalho indiretos. Segundo o IBRAM, o Brasil registrou 220.841 empregos diretos e mais de 2,4 milhões de vagas diretas e indiretas no setor mineral.
Desde 2014, a Bahia lidera os investimentos em pesquisa mineral no país. Entre 2014 e 2023, foram R$ 2,22 bilhões aplicados, o que representa 20,3% dos R$ 10,93 bilhões investidos no Brasil nesse período.
Perspectivas e novos projetos
Entre 2025 e 2029, o estado deverá receber US$ 8,99 bilhões em novos investimentos no setor mineral — valor que corresponde a 13,2% do total nacional previsto. Os recursos abrangem projetos de ferro, ouro, cobre, grafita, vanádio, terras raras, fertilizantes e titânio, além de quatro projetos logísticos estimados em mais de US$ 4 bilhões.
Fonte: Instituto Brasileiro de Mineração (IBRAM) – Dados de 2024 e 2025.













