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Por Redação
A Associação de Minerais Críticos (AMC) surge como uma entidade formada por empresas que atuam na cadeia produtiva desses insumos, desde a exploração e mineração até o processamento, tecnologia e inovação. A criação da AMC marca um momento estratégico de expansão acelerada do mercado, impulsionado pela corrida internacional por lítio, níquel, terras raras, grafite, cobre e outros minerais essenciais para baterias, energias renováveis, eletrificação e a nova economia de baixo carbono.
Marisa Cesar, diretora de Assuntos Corporativos e Sustentabilidade da PLS, e presidente do conselho da AMC, explica que a entidade nasce para organizar e fortalecer um setor que cresce rapidamente, mas que exige coordenação técnica e institucional para que o Brasil aproveite plenamente sua vantagem competitiva. “A Associação de Minerais Críticos foi criada para integrar as empresas que atuam nos minerais essenciais à transição energética e consolidar o Brasil como referência global, com inovação, responsabilidade socioambiental e um ambiente regulatório estável”, diz a executiva.
“Participar desse ecossistema é fundamental para contribuir com políticas públicas, impulsionar a inovação e garantir que a produção de minerais estratégicos avance de forma segura, transparente e alinhada às melhores práticas globais”, explica Ricardo Alves, diretor executivo da Graphcoa.
Três pressões simultâneas explicam o surgimento da AMC. A primeira é a dinâmica global propriamente dita: a demanda por minerais críticos está explodindo e países buscam fornecedores confiáveis, sustentáveis e geopoliticamente estáveis. A segunda é a necessidade de uma representação técnica dedicada, capaz de dialogar com governo, organismos multilaterais e investidores com profundidade, especialmente em um setor onde muitas empresas ainda são consideradas juniores. A terceira é a provocação dos próprios órgãos públicos, que estimularam o setor privado a se organizar para contribuir de forma estruturada com a discussão da Política Nacional de Minerais Críticos e Estratégicos.
Marcelo Carvalho, diretor executivo da Meteoric Brasil e vice-presidente do conselho da AMC, reforça que a associação nasce conectada ao ecossistema institucional do setor. “A AMC surge para complementar o trabalho já muito bem desenvolvido pelas demais entidades representativas, como o Ibram, e está alinhada aos anseios do estado brasileiro. A proposta é preencher lacunas que afetam especialmente as empresas juniores do segmento, criando um ambiente mais estruturado para que possam dialogar com governo, investidores e organismos internacionais. Nosso objetivo é fortalecer essa articulação e garantir que toda a cadeia avance com mais segurança jurídica, previsibilidade e competitividade.”
Eixos de Atuação
A ANC surge como resposta a três pressões simultâneas. A primeira é a própria dinâmica global: a demanda por minerais críticos está explodindo e países buscam fornecedores confiáveis, sustentáveis e geopoliticamente estáveis. A segunda é a necessidade de uma representação técnica dedicada, capaz de dialogar com governo, organismos multilaterais e investidores com profundidade, especialmente em um setor onde muitas empresas ainda são consideradas juniores. A terceira é a provocação dos próprios órgãos públicos, que estimularam o setor privado a se organizar para contribuir de forma estruturada com a discussão da Política Nacional de Minerais Críticos e Estratégicos.
O grupo fundador reúne empresas do setor mineral e de serviços associados, incluindo AClara, Atlantic Nickel, Centaurus, Graphcoa, Graph+, Meteoric, PLS, Viridis e Lithium Ionic, com apoio do escritório Frederico Bedran Advogados, além de outras parceiras em fase final de formalização.
Frederico Bedran, diretor executivo da AMC, contextualiza a filosofia fundacional da entidade. Todas as empresas e instituições que atuam ou investem em minerais críticos são bem-vindas. A AMC nasce para unir o setor e qualificar o debate nacional. Nosso compromisso é criar um espaço de diálogo técnico estruturado que ajude a superar gargalos históricos e fomente um ambiente favorável a investimentos.”
A associação também terá papel direto no apoio à formulação e implementação de políticas públicas. Sua atuação será complementar ao trabalho do Conselho Nacional de Política Mineral (CNPM) e do Grupo de Trabalho de Minerais Críticos, instâncias centrais na definição de estratégias para o setor. A AMC contribuirá com diagnósticos técnicos, análises e propostas, além de integrar o GT de Minerais Críticos.
A criação da AMC tem implicações diretas para a população. O desenvolvimento dos minerais críticos gera empregos qualificados, cria novas oportunidades econômicas em regiões mineradoras, atrai investimentos em infraestrutura, fomenta inovação e reduz a dependência de importações em setores estratégicos como energia, tecnologia e telecomunicações. Além disso, padrões ESG mais rigorosos garantem que o crescimento do setor seja acompanhado de benefícios sociais e ambientais concretos para comunidades.
Marisa Cesar resume a visão da entidade: “O Brasil tem condições únicas para liderar esse mercado, e a AMC vai ajudar a transformar esse potencial em realidade. Nosso compromisso é fortalecer o país como um dos principais hubs globais de minerais críticos, com segurança jurídica, competitividade e padrões ESG robustos. A AMC pode acelerar a transição energética no Brasil e garantir que o desenvolvimento mineral gere benefícios reais para as pessoas, com mais empregos qualificados, inovação e oportunidades para as comunidades.”












