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Por Ricardo Lima
A Vale reportou nesta quinta-feira (31) um desempenho operacional robusto no segundo trimestre de 2025, com avanço da produção, corte de custos e aumento da rentabilidade em todos os seus principais negócios. O resultado reforça a estratégia da companhia de focar em eficiência, disciplina de capital e construção de resiliência diante da volatilidade global no setor mineral.
O lucro líquido proforma – que desconsidera efeitos não-recorrentes – foi de US$ 2,1 bilhões (R$ 12,1 bilhões), um crescimento de 6% em dólares frente ao segundo trimestre de 2024. O EBITDA proforma subiu 7% em relação ao primeiro trimestre do ano, para US$ 3,4 bilhões (R$ 19,4 bilhões), mesmo com queda de 6% no preço realizado do minério de ferro.
No minério de ferro, carro-chefe da companhia, o custo caixa C1 (da mina ao porto) caiu 11% ano a ano, de US$ 24,9 para US$ 22,2 por tonelada. Já o custo all-in (entregue na China) recuou 10%, passando de US$ 61,2/t para US$ 55,3/t, mantendo tendência de queda pelo quarto trimestre consecutivo. A produção somou 83,6 milhões de toneladas, alta de 4% sobre o 2T24.
No segmento de metais básicos, a Vale também entregou resultados positivos. O custo all-in do cobre caiu 60% em um ano, para US$ 1.450/t, impulsionado por ganhos de eficiência e pela valorização do ouro – subproduto das operações. A projeção de custo para o cobre em 2025 foi revisada para baixo, agora entre US$ 1.500 e US$ 2.000/t. No níquel, o custo recuou 30%, para US$ 12.396/t.
“Entregamos mais um trimestre sólido, refletindo nosso foco na excelência operacional e na disciplina de execução. Seguimos no caminho certo para cumprir nossos guidances de 2025, com redução de custos e maior resiliência para enfrentar qualquer cenário de mercado”, afirmou o presidente da Vale, Gustavo Pimenta.
A companhia também anunciou o pagamento de R$ 1,895387417 por ação em forma de juros sobre capital próprio (JCP), conforme sua política de remuneração aos acionistas.
No trimestre, a Vale investiu US$ 1,1 bilhão, em linha com o guidance de US$ 5,9 bilhões para o ano. Entre os destaques, estão a obtenção da licença prévia do projeto de cobre Bacaba, no Pará, e o início do comissionamento do segundo forno de Onça Puma, voltado ao níquel, também no estado.
A geração de fluxo de caixa livre recorrente foi de US$ 1 bilhão, permitindo à mineradora reduzir sua dívida líquida expandida para US$ 17,4 bilhões – queda de US$ 800 milhões frente ao 1T25, dentro da meta de manter esse indicador entre US$ 10 e US$ 20 bilhões.