A Vale anunciou planos para elevar a qualidade e a produção de seu minério de ferro. A empresa pretende aumentar o teor de ferro em seu portfólio de produtos para 63,5% até 2026 e cerca de 64% até 2030. Essas informações foram apresentadas durante o XXIII Analyst & Investor Tour realizado pela companhia.
A Vale revelou diversas soluções para fornecer um minério de alta qualidade, incluindo uma nova unidade de concentração de minério em Omã, que irá produzir material para plantas de pelotização e futuras fábricas de briquetes, contribuindo para a descarbonização no processo siderúrgico.
Outro anúncio importante foi o investimento para produzir material para altos-fornos a partir dos finos de minério de Carajás (IOCJ), atendendo à crescente demanda a partir de 2027.
Além disso, a Vale destacou suas parcerias para criar “mega hubs” para beneficiamento e distribuição de minério. Estão previstas a construção das primeiras unidades a partir do próximo ano, com o primeiro “mega hub” no Oriente Médio programado para iniciar operações em 2027.
A empresa também planeja alcançar uma produção de cerca de 100 milhões de toneladas de aglomerados após 2030, com um cronograma que inclui a aprovação de várias plantas de briquete nos próximos anos.
Em termos de produção total de minério de ferro, a Vale espera fechar o ano com entre 310 milhões e 320 milhões de toneladas em 2023, aumentando para 340 milhões a 360 milhões de toneladas em 2026 e mais de 360 milhões de toneladas até 2030.
Essas melhorias na produção e qualidade do minério devem resultar em um prêmio maior, aumentando de cerca de US$ 4 por tonelada em 2023 para US$ 8 a US$ 12 por tonelada em 2026 e US$ 18 a US$ 25 por tonelada até 2030. Como resultado, a Vale espera contribuir significativamente para seu lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda), com uma adição de valor estimada entre US$ 20 bilhões e US$ 50 bilhões até 2030.