A Vale S.A. anunciou que sua subsidiária nos Estados Unidos, a Vale USA, foi escolhida pelo Departamento de Energia do Governo dos Estados Unidos para iniciar as negociações de concessão de financiamento no âmbito da Bipartisan Infrastructure Law e da Inflation Reduction Act, como parte do Industrial Demonstrations Program.
O projeto proposto pela Vale envolve o desenvolvimento de uma unidade industrial inovadora de briquetes de minério de ferro nos EUA, que será a primeira no mundo a aplicar o processo patenteado de aglomeração a frio de briquetes para a rota de redução direta.
O projeto da Vale foi selecionado devido ao seu potencial de oferecer soluções em escala comercial para reduções significativas de emissões nos setores de difícil abatimento.
O briquete de minério de ferro, desenvolvido pela Vale após quase duas décadas de pesquisa e desenvolvimento, é produzido por meio da aglomeração em baixa temperatura de minério de ferro de alta qualidade, utilizando uma solução tecnológica de aglomerantes que conferem alta resistência mecânica ao produto final. A primeira planta do mundo foi inaugurada pela Vale em 2023, em Vitória (ES).
Essa seleção representa um marco importante para a validação da tecnologia proprietária de aglomeração a frio da Vale e seu potencial para proporcionar uma solução transformadora para a descarbonização do setor siderúrgico. Além disso, destaca a liderança da Vale e do Brasil no desenvolvimento de soluções de descarbonização para a indústria siderúrgica global.
A Vale buscará um financiamento de até US$ 282,9 milhões para o projeto nos EUA e tem planos de desenvolver unidades adicionais e customizadas no Brasil e em outros países, visando atingir cerca de 100 milhões de toneladas por ano de produção de aglomerados até 2030, incluindo briquetes e pelotas de minério de ferro.
O briquete de minério de ferro é uma peça fundamental no compromisso da Vale de reduzir suas emissões líquidas de escopo 3 em 15% até 2035. A empresa também tem como objetivo reduzir suas emissões absolutas de escopo 1 e 2 em 33% até 2030 e alcançar a neutralidade até 2050, em conformidade com os objetivos do Acordo de Paris.